Você está lendo...
Andamos naToyota Hilux 2012
Avaliação

Andamos naToyota Hilux 2012

A picape Hilux chega à linha 2012 com cara e versões novas e equipamentos mais modernos.Por ora, serão oferecidas apenas as opções 4x4 com motor a diesel, a partir de R$ 85.690 (cabine-simples) e vai a R$ 141.920 na SRV Top

04 de nov, 2011 · 5 minutos de leitura.

Publicidade

 Andamos naToyota Hilux 2012

MILENE RIOS

Bento Gonçalves (RS) – Foi-se o tempo em que as picapes tinham de ser apenas resistentes. Agora, a maior parte é usada nas cidades e, para brigar diretamente com segmentos como o de sedãs, requisitos como conforto e tecnologia passam a ser prioritários no desenvolvimento desses utilitários. Foi assim com a Amarok, lançada no ano passado. E não demorou para a Toyota Hilux, principal rival da Volkswagen, se mexer.

Feita na Argentina, a veterana chega à linha 2012 com cara e versões novas e equipamentos mais modernos. Por fora, mudaram grade, faróis, lanternas, capô, para-choques e moldura dos para-lamas. Por ora, serão oferecidas apenas as opções 4×4 com motor a diesel, a partir de R$ 85.690 (cabine-simples). A com tração dianteira retorna até março, quando o motor V6 2.7, antes só gasolina, passará a ser flexível.

Publicidade


Avaliamos a versão de topo da cabine-dupla, SRV Top. Por R$ 141. 920 ela traz de série rodas 17”, controles de estabilidade e tração, distribuição da força de frenagem, câmera de ré e som com tela sensível ao toque.

Apesar do “tapa”, a idade da Hilux – a atual geração é de 2005 – aparece nos detalhes. A tela com desenho moderno do sistema de entretenimento, por exemplo, divide espaço no painel com um arcaico relógio digital. Por causa da posição do novo equipamento, dependendo da luz externa é impossível ler as informações projetadas no monitor.


Outro sinal de idade são os botões na parte de baixo do painel central, que não têm função e são cobertos por tampinhas de plástico.

O câmbio automático de quatro velocidades também parou no tempo. Apesar de fazer trocas sem trancos, há um intervalo grande entre as marchas, o que prejudica o desempenho em retomadas. A Amarok terá transmissão automática de oito marchas.


Por outro lado o baixo nível de ruído do motor 3.0 de 163 cv da Hilux contribuiu para o conforto a bordo. Regulagem elétrica disponível agora na versão de topo ajuda a achar uma boa posição para dirigir.

O acerto da suspensão é outro ponto alto. Permite absorver com eficiência os solavancos resultantes do contato com as imperfeições do piso.

A Toyota pretende emplacar 40 mil Hilux no País em 2012, volume 25% superior às vendas deste ano. Só as versões bicombustíveis, que terão até 163 cv com etanol, deverão representar 5 mil unidades.


Viagem feita a convite da Toyota

Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”