A Fisker, rival da Tesla, prepara o lançamento do Ocean, seu SUV elétrico acessível. Após apresentar o modelo no Salão do Automóvel de Los Angeles, nos Estados Unidos, em novembro, a marca vai reestrear em 2022 com o utilitário revelado em janeiro de 2020 na CES, maior feira de tecnologia do mundo. Com a promessa de ser acessível, o Fisker Ocean partirá de US$ 37.499 (pouco mais de R$ 207 mil na conversão direta).
Se você achou o nome da empesa familiar, não se engane. Afinal, a Fisker está voltando ao ramo automotivo depois da falência, em 2013 – quando produzia o esquisitão Karma. Portanto, o SUV elétrico Ocean não será o único. Há, ainda, expectativa de lançamento de um sedã elétrico e de uma picape alimentada por baterias. Tudo isso nos próximos anos.
De acordo com a Fisker, o Ocean tem 4,78 metros de comprimento e distância entre-eixos de 2,92 metros. Nesse sentido, o SUV elétrico tem como principais concorrentes o Tesla Model Y e o Ford Mustang Mach-E.
Com produção a partir de novembro de 2022 na fábrica da Magna, em Graz, Áustria, o Ocean promete desempenho de esportivo. São 271 cv de potência já na versão de entrada Sport. Assim, a aceleração de zero a 100 km/h leva 6,9 segundos. Já a versão intermediária Ultra terá 533 cv e tração nas quatro rodas, com 0-100 km/h em 3,9 segundos. Por fim, o Ocean Extreme, modelo mais caro, chega aos 100 km/h em 3,6 segundos e entrega 543 cv. São dois motores elétricos nas duas versões mais potentes.
Autonomia
Em termos de alcance, o Fisker Ocean roda até 560 km na versão de topo. Aliás, o Ocean tem dois tipos de baterias diferentes, de acordo com a tração. A Sport virá com baterias de fosfato de ferro e lítio. Já as variantes Ultra e Extreme (com tração integral) terão baterias de níquel-manganês e cobalto. O mesmo serve para a série especial One, limitada a 5.000 unidades.
De acordo com a Fisker, as baterias fornecidas pela chinesa Contemporary Amperex Technology Limited (CATL) buscam reduzir custos e explorar o desempenho. Em vez dos 150 kW previstos, as baterias devem suportar carregamento em picos superiores a 250 kW.
Em termos de projeto, o Ocean tem assoalho plano, faróis e lanternas bastante finos e uma janela traseira que abre. Mas um dos principais destaques será o teto SolarSky, que se abre totalmente e é composto por painéis solares. A marca diz que só a energia solar rende mais de 3.000 km de autonomia por ano ao SUV elétrico.
Equipamentos
Outro recurso de destaque no Ocean é a tela multimídia de 17,1″ que gira em 90 graus, da vertical para a horizontal e vice-versa, de acordo com a função escolhida – como assistir a um filme, por exemplo. A atualização do componente é remota. No mais, o capô não abre, os assentos são revestidos com tecidos de camisetas recicladas. Já o piso é feito de garrafas plásticas. Tudo, em nome da economia e da sustentabilidade.
Detector de pedestres e comando automático para freios e estacionamento estão no pacote. Tem, ainda, Smart Traction. Por meio dessa tecnologia, o Fisker Ocean distribui a quantidade certa de torque para cada roda quando em curvas fechadas. O objetivo é melhorar a estabilidade, principalmente, em estradas molhadas e com neve.
Consultadas pelo Jornal do Carro, importadoras como Osten e Direct Imports ainda não estão com planos concretos de comercialização do Fisker Ocean no Brasil. A Osten, no entanto, afirma ter expectativas para Rivian e Lucid. Datas não foram especificadas.