Em um mundo de SUVs, o cupê talvez seja o último bastião de defesa do estilo em detrimento da função. Não é o tipo de carro mais prático do mundo, mas a maioria se destaca pela beleza. Esse é o caso do Audi RS5, que vem importado da Alemanha por R$ 556.990.
Ante o A5 convencional, a esportiva tem detalhes para chamar ainda mais a atenção. Há para-choques diferentes, entradas de ar e rodas maiores (20 polegadas) e saídas de escapamento ovais duplas com difusor integrado. O logo RS na grade e na tampa do porta-malas também deixam claras as intenções.
De série, há tração nas quatro rodas, painel de instrumentos virtual, sistema de som Bang&Olufsen com 19 alto-falantes, head-up display (que projeta as informações do quadro de instrumentos no para-brisa) e controles de tração, estabilidade e de largada. Por dentro, os detalhes que se sobrepõem são o volante de base achatada e os bancos esportivos, que abraçam bem nas curvas e têm ajuste de lombar lateral para segurar o condutor no lugar.
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Há também os detalhes em fibra de carbono no console e no painel. A ergonomia dos comandos é boa e é fácil encontrar a melhor posição de guiar. O senão é banco traseiro do duas-portas: falta espaço e o acesso ao local não é fácil.
Na terceira geração, o RS5 aposentou o 4.2 V8 aspirado e recebeu um 2.9 V6 biturbo, que rende 450 cv e 61,1 mkgf. A potência é a mesma, mas são cerca de 17 mkgf a mais. Isso faz toda a diferença, pois o 0 a 100 km/h foi de 4,5 segundos para 3,9 s. Ajuda também a redução de 60 kg em relação a geração anterior.
O motor, com torque disponível a partir de 1.900 rpm, é mais esperto e ágil nas retomadas e acelerações, além de ter funcionamento mais progressivo na entrega de força. O câmbio automático de oito marchas faz trocas rápidas e imperceptíveis.
Para não dizer que tudo é perfeito, o motor deixa a desejar no ronco que emite, mesmo com as membranas no escape que multiplicam o som para chegar perto do que fazia o V8. Há os modos de condução confortável, dinâmico (esportivo) e automático. Dá também para ajustar individualmente as respostas de direção, câmbio, acelerador e escape.
RS5 melhorou em dirigibilidade
O motor menor e mais leve também ajudou na centralização de massa, o que fica perceptível na condução. A frente está mais equilibrada, e com isso tem menos tendência a escapar nas saídas de curva quando se abusa do pedal do acelerador. O RS5 demora mais para chegar ao limite do que a geração anterior.
A suspensão independente nas quatro rodas tem cinco pontos de fixação e é 7 mm mais baixa que a do A5. Mesmo quando se atacava a zebra da pista em que o carro foi avaliado, ela o manteve estável, mas confortável.
Ele tem ainda três opcionais: o pacote Assistance Tour, que traz itens como controle de velocidade de cruzeiro adaptativo por R$ 14 mil, os freios de cerâmica por R$ 45 mil e o teto de fibra de carbono por R$ 22 mil.
FICHA TÉCNICA
Preço R$ 556.990
Motor 2.9, V6, biturbo, 24V, gas.
Potência (cv) 450 a 5.700 rpm
Torque (mkgf) 61,1 a 1.900 rpm
Câmbio Automático, 8 marchas
PRÓS E CONTRAS
PRÓS – DIRIGIBILIDADE
A sensação ao volante está mais refinada graças ao peso menor e à nova plataforma.
CONTRAS – ACOMODAÇÃO
O espaço interno na parte traseira não é bom, mas quem compra um cupê sabe disso.
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