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Avaliação: Volkswagen T-Cross esbanja desempenho e itens de série
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Avaliação: Volkswagen T-Cross esbanja desempenho e itens de série

Volkswagen T-Cross 1.4 turbo de 150 cv mostra agilidade em curvas e retas

Igor Macário, de Curitiba

20 de fev, 2019 · 9 minutos de leitura.

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Volkswagen T-Cross
Crédito:Apesar do acerto da suspensão que privilegia conforto, T-Cross apresentou boa estabilidade em curvas e velocidade em retas. Foto: Volkswagen/Divulgação

A Volkswagen entrou com os dois pés no segmento de SUVs compactos. Depois de fazer sucesso no Salão de São Paulo, no ano passado, o T-Cross teve seus preços e versões revelados durante as comemorações dos 20 anos da fábrica de São José dos Pinhais (PR), onde será fabricado. O modelo parte de R$ 84.990 na versão de entrada 200 TSI. As primeiras unidades chegarão às ruas em abril.

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Com câmbio automático, o modelo de entrada passa a R$ 94.490, mas também recebe mais itens de série em relação ao manual. O motor é o 1.0 turbo de 128 cv usado no Polo. O câmbio automático de seis marchas também é o mesmo. Já o manual (também com seis marchas) é o mesmo que era utilizado no Golf TSI. A gama segue para a Comfortline 200 TSI, também com o 1.0 turbo, vendida a R$ 99.990. A versão de topo é a Highline 250 TSI, a única com o 1.4 turbo de 150 cv, também vindo do Golf. Ela é vendida exclusivamente com câmbio automático e custa R$ 109.990.

Bem equipado de série

Todas as versões são bem equipadas. Desde a básica há itens como air bags laterais e de cortina, além de controle de estabilidade, auxílio de partida em rampas e sensores de obstáculos atrás. Com câmbio automático, o 200 TSI ganha sistema multimídia com tela de 6,5 polegadas, grade dianteira pintada de preto brilhante, saídas de ar-condicionado para o banco traseiro, volante revestido de couro e controle de velocidade de cruzeiro.


A Comfortline adiciona rodas de 17 polegadas, câmera de ré, sensores de obstáculos também na frente e ar-condicionado automático, entre outros itens. Já a de topo traz conveniências como partida por botão com chave presencial, bancos de couro, iluminação ambiente com LEDs e sensores de chuva e luz, além do motor mais forte.

Completo, T-Cross de topo chega a R$ 124.840

Como opcionais, a versão de entrada com câmbio manual pode ganhar um pacote com central multimídia, sensores de obstáculos na frente e câmera de ré por R$ 1.729 extras. A versão Comfortline pode receber itens da de topo, como a partida por botão, bancos de couro, assistente de estacionamento, faróis de LED e ainda um teto solar panorâmico. Com todos os pacotes, o T-Cross intermediário pode custar até R$ 116.740. Já a verão Highline pode vir equipada com itens exclusivos na linha, como o painel virtual e sistema de som com alto-falantes da marca Beats. Completo, o T-Cross mais caro chega aos R$ 124.840.


De fato, a versão testada de topo, com todos os opcionais, passa a impressão de ser um modelo de categoria superior. O senão é o acabamento, que depõe contra um carro dessa faixa de preço. Embora todos os encaixes sejam bons, a qualidade dos plásticos usados em larga escala na cabine deixa a desejar. O material é semelhante ao usado no Polo, cujas versões podem custar metade do preço de um T-Cross. O plástico que cobre painel é rígido e áspero ao toque. O mesmo material está no alto das portas e console central, lugares bem visíveis. Ao menos, o isolamento acústico é bom e os bancos são confortáveis. Em conjunto com a fartura de equipamentos, ajuda a amenizar o aspecto simples da cabine.

Em movimento, modelo agrada

Em movimento, o 1.4 turbo diz a que veio e dá ao SUV da Volkswagen desempenho muito bom. Segundo a marca, o T-Cross de topo acelera de 0 a 100 km/h em 8,7 segundos e chega aos 198 km/h. As retomadas são consistentes graças ao bom torque em baixa rotação. A despeito de uma pequena hesitação do câmbio em reduzir marchas, o T-Cross passa leveza ao volante e consegue imprimir ritmos de cruzeiro sem sufoco. Se necessário, o motorista pode trocar as marchas manualmente pela alavanca ou por aletas atrás do volante.


Nas curvas, o utilitário também vai bem. Embora a marca afirme que a suspensão tem acerto mais voltado para o conforto, a carroceria rola muito pouco e se mantém firme na trajetória. As oscilações são bem controladas e mesmo em curvas mais fechadas o T-Cross inclina pouco. Não chega a ser esportivo, mas surpreende pela compostura com que ataca uma sequência de curvas. Em piso irregular, como ruas de paralelepípedo, o conjunto é silencioso e chacoalha pouco os ocupantes.

Modo de condução ajustável

O modelo ainda pode receber como opcional um sistema de modos de condução, onde o motorista pode ajustar as respostas do carro a seu gosto. No entanto, a diferença é pequena entre os modos Normal e Sport, ao menos na estrada. Mesmo no modo mais “manso”, o modelo entrega respostas rápidas ao acelerador. A maior mudança é no peso da direção, ligeiramente mais leve no Normal. A transmissão automática também tem um modo esportivo próprio, de série, que faz o câmbio segurar mais as marchas e explorar mais o 1.4.


Por dentro, apesar de compacto, o modelo tem bom espaço interno. Quem vai atrás tem bom espaço para pernas e cabeça, e o assoalho quase plano ajuda. O banco traseiro tem duas posições, para ampliar o porta-malas para até 420 litros. No entanto, se a opção for mais bagagem, os passageiros ficarão com o encosto demasiadamente vertical, menos confortável.

O jornalista viajou a convite da Volkswagen

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