A bateria mais utilizada nos veículos elétricos atuais é a de íons de lítio. Mas há alguns desafios. Afinal, a mineração (dos metais preciosos necessários para o produto) polui, sem contar que há a exploração de pessoas e que o componente pode até explodir. Além disso, elas não duram o suficiente e, assim, será necessário ter capacidade extra.
Ou seja, nota-se que as baterias de íons de lítio funcionam. Entretanto, não podem ser a única solução para armazenar energia. Desse modo, uma alternativa promissora e que segue em pleno avanço é baseada em dois ingredientes comuns na cozinha de qualquer pessoa: água e sal.
Já no mercado, mas ainda longe da produção para uso em carros elétricos, as baterias de água e sal tem como um dos principais efeitos o alto desempenho – o que pode ser uma boa para a eletromobilidade. Com tais ingredientes, o problema da vida curta (perda de capacidade ao passar do tempo) e o agravante de ser inflamável estão eliminados. Pois água e sal não são sensíveis a mudanças de temperatura e, assim, não pegam fogo.
Mais sal
De acordo com estudos, o uso de eletrólitos à base de água precisam receber certa porcentagem de sódio dissolvido para que as baterias funcionem corretamente. Com base nisso, pesquisadores suecos passaram a usar altas concentrações de sal. Assim, descobriram que um eletrólito aquoso com muito sódio pode até dobrar a estabilidade eletroquímica.
Entretanto, muito sal pode causar cristalização do eletrólito e prejudicar o desempenho da bateria. Assim, surgiu a ideia de buscar solventes que possam impedir a cristalização. Foi, portanto, criada a bateria de íons de lítio com um eletrólito líquido não inflamável com boa estabilidade.
Na prática, a novidade mantém desempenho aceitável por mais de 500 ciclos de carga e descarga. Com adição de sal e outros solventes, os pesquisadores conseguiram alterar a atividade das moléculas de água durante a passagem dos íons de lítio. Por fim, conseguiram criar uma bateria com 250 ciclos de carga e descarga. Mas a busca por desempenho certamente não vai parar por aí.