A BMW anunciou que vai produzir os novos Série 3 e X1 na fábrica de Araquari, em Santa Catarina. Tanto o sedã médio quanto o SUV compacto já eram feitos no País, mas ganharão em breve as recentes renovações feitas no exterior. O primeiro a chegar será o novo Série 3, que estreou em maio deste ano na Europa e será lançado no Brasil já em setembro, com montagem local. Por sua vez, o novo X1 vem depois, e chega até o início de 2023.
Com a decisão, a BMW vai manter a aposta nos seus dois modelos mais vendidos no mercado brasileiro, que respondem por metade dos emplacamentos da marca bávara. No caso do Série 3, trata-se de uma reestilização que alterou de forma mais significativa o interior do sedã. O destaque é o novo painel que com duas grandes telas curvas e unidas no topo. Já no caso do X1, é a terceira geração do SUV, revelada há cerca de dois meses.
“Tem vários fornecedores próximos e um conteúdo local significativo. A fábrica está produzindo atualmente cerca de 10 mil carros por ano, mas a capacidade pode chegar a 30 mil unidades. Estamos prontos para acompanhar o mercado”, resume Otavio Rodacoswiski, diretor da unidade catarinense. Lá, a BMW já produziu 80 mil carros desde 2014. Além dos dois modelos, os utilitários X3 e X4 também têm montagem local, ambos na versão esportiva 40i.
Novo Série 3 em setembro
Atual carro de luxo mais vendido do Brasil, o BMW Série 3 recebeu uma reestilização na linha 2023. O sedã ganhou alterações discretas no visual externo, com desenho mais moderno na dianteira, bem como novos faróis Full LEDs adaptativos. Mas o destaque é a cabine, com duas grandes telas de alta resolução no topo do painel. O quadro de instrumentos tem display de 12,3 polegadas, e a nova multimídia é bem maior que a anterior, com 14,9″.
Segundo a BMW, a nova central tem o software iDrive 8, que é o mais moderno da montadora, já com conexão 5G. O sistema é bem similar ao do SUV elétrico iX. Ou seja, o novo Série 3 terá assistentes de direção avançados, como piloto automático adaptativo, alerta de colisão frontal com frenagem automática de emergência, alerta de mudança e permanência em faixa, sensores de obstáculos dianteiros e traseiros, entre outros recursos.
Por ora, a alemã não informa se haverá mudanças mecânicas. Mas é esperado que o novo Série 3 mantenha as atuais versões 20i com motor 2.0 turbo flex e câmbio automático de oito marchas. Este conjunto gera até 184 cv de potência e um torque de 30,6 mkgf, com tração traseira. Além deste, há o motor 3.0 de seis cilindros em linha, para as variantes mais potentes, como a 340i. Por fim, tem duas versões híbridas do tipo plug-in.
Novo X1 vem depois e deve chegar híbrido
A terceira geração do X1 estreou em julho com muitas novidades. Desta vez, o SUV compacto surge com visual mais moderno e grade “quadrada”, nova plataforma com medidas maiores e totalmente eletrificado. Assim, apresenta opções híbridas, bem como o elétrico iX1, que tem autonomia entre 413 km e 438 km com a carga completa. A produção na fábrica de Araquari está confirmada, mas o novo X1 só deve chegar às lojas brasileiras no início de 2023.
Com a troca de plataforma, o novo BMW X1 é um pouco maior que a geração atual. São 4,50 metros de comprimento (5 cm a mais) e 1,84 metro de largura (2 cm maior). Já a altura ganhou 4 cm e tem agora 1,62 m ou 1,64 m, a depender da versão. Da mesma forma, a distância entre-eixos cresceu 2,2 cm e passa a 2,69 metros. Assim, a cabine apresenta mais espaço para pernas e cabeças, e o porta-malas ganhou 35 litros e pode receber até 540 litros.
O interior também é completamente novo. O SUV agora tem o Live Cockpit Professional, novo display curvo que une duas grandes telas, com 12,3″ e 14,8″ – exatamente como no Série 3. Mas outras partes da cabine mudam, caso do console entre os bancos, com influência dos novos carros elétricos da marca, como o iX. Ele tem o apoio de braços flutuante com alguns comandos, como o seletor eletrônico do câmbio automático.
A marca alemã ainda não confirma, mas é provável que o novo X1 tenha opção híbrida leve feita no País. A versão xDrive23i, por exemplo, tem tração integral e sistema de 48 volts. Assim, une o motor 2.0 turbo de quatro cilindros, com 217 cv e 36,7 mkgf de torque, a um alternador e uma bateria. Neste caso, a aceleração de zero a 100 km/h leva 7,1 segundos.