É inegável o impacto causado pelo BYD Dolphin no mercado de elétricos. Desde que chegou, o hatch conquista as ruas e o consumidor, bem como também forçou a concorrência a baixar seus preços. Uma dessas concorrentes é a Peugeot, que reduziu três vezes o preço do SUV elétrico e-2008, para rivalizar de igual para igual com o compacto chinês.
Pensando nisso, o Jornal do Carro traz um comparativo técnico entre os modelos, que, apesar de propostas de carroceria diferentes, buscam o mesmo público: os interessados em um elétrico de entrada. Assim, você confere abaixo alguns pontos que separamos e que podem ajudar a definir essa compra.
Comparativo Elétrico: Desempenho e autonomia
Voltado ao conforto, o BYD Dolphin tem – em sua versão de entrada – um único motor elétrico na dianteira. Este fornece ao pé direito do motorista 95 cv de potência. O torque é de 18,3 mkgf. A BYD informa uma aceleração de 0 a 100 km/h em 10,9 segundos e velocidade máxima de 150 km/h.
Feito sobre a base E-platform 3.0, o carro, a princípio, tem 285 km autonomia. Mas uma atualização recente fez com que o número subisse para 291 km. Dado, aliás, já considerando a portaria do Inmetro. Vale lembrar que o Dolphin usa a bateria Blade, da BYD. O consumo médio é equivalente a 69 km/l.
Já o rival francês conta com o mesmo conjunto elétrico do irmão esportivo e-208 GT, e, portanto, é mais potente que o Dolphin. Além disso, o SUV é construído sobre a plataforma e-CMP, que abriga a gama de carros elétricos da Stellantis. Seu motor rende 100 kW ou 136 cv, e 26,5 mkgf de torque máximo, pareado a três modos de condução. A bateria de 50 kWh rende até 345 km de alcance (no ciclo WLTP) ou 234 km pelo Inmetro.
Dimensões, espaço interno e para a bagagem
O BYD Dolphin mede 4,12 metros de comprimento, 1,77 metro de largura e 1,57 metro de altura, além do generoso entre-eixos de 2,70 metros, digno de carro médio, por exemplo. Em comparação com outro rival, o GWM Ora 03, o chinês é mais compacto, mas não desabona quem precisa de espaço. Se o assunto é acomodar as bagagens no porta-malas, o Dolphin conta com 345 litros.
Entretanto, fica páreo com o SUV elétrico da Peugeot nas dimensões. Voltado para ser uma alternativa a modelos como o Chevrolet Tracker, por exemplo, o e-2008, curiosamente, oferece um pouco menos de espaço. São 4,30 metros de comprimento, 1,98 m de largura, 1,55 m de altura e um entre-eixos de 2,60 m, menor que o do Dolphin. Contudo, o porta-malas tem capacidade para 435 litros, ou seja, 90 litros a mais que o BYD.
Tecnologia embarcada e itens de série: modelos tem muito a oferecer
No Dolphin, o motorista conta com comodidades como central multimídia giratória de 12,8 polegadas, espelhamento com Android Auto e Apple CarPlay, câmeras 360° nos quatro cantos do carro e painel digital de 5 polegadas. Além disso, há frenagem automática, assistente de subida em rampa, monitoramento de pressão dos pneus, aquecimento, ajuste elétrico dos bancos dianteiros, retrovisores elétricos e mais.
No e-2008, à venda em versão única GT, o comprador leva um carro com todos os opcionais possíveis. Itens como ar-condicionado automático digital, seis airbags, controles de estabilidade e tração, câmera de ré, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, controle de cruzeiro adaptativo e sensor de ponto cego estão presentes. Além disso, há faróis full-LEDs com iluminação diurna, rodas de liga leve de 18″, frenagem automática de emergência, teto solar panorâmico, sistema de som com 4 alto-falantes e 2 tweeters, e mais.
Valores: qual deles vale o seu dinheiro?
O BYD Dolphin chegou no Brasil para provocar o mercado de elétricos, e seu preço de R$ 149.800 é um claro sinal disso. Tão claro que derrubou as tabelas de modelos como Renault Kwid E-Tech, Caoa Chery iCar e até no próprio Peugeot e-2008, que agora custa R$ 159.990. Os preços, parelhos, tornam menor as diferenças entre os dois elétricos, e aumentam a disputa por quem merece uma vaga na sua garagem.
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