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Carro “revolucionário” será exibido pela 1ª vez
Tecnologia

Carro “revolucionário” será exibido pela 1ª vez

Desenvolvido pelo sul-africano Gordon Murray, que tem carreira brilhante na Fórmula 1, modelo T.25 é destinado ao uso urbano. Sua maior qualidade está no processo de produção, que utiliza apenas 20% da capacidade de uma fábrica normal

28 de jun, 2010 · 4 minutos de leitura.

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 Carro

O T.25, carro urbano criado pelo engenheiro Gordon Murray, fará sua primeira aparição pública hoje. O aguardado modelo, apresentado como “revolução nos transportes”, será exibido no Fórum Mundial de Empreendimento e Meio-Ambiente na Smith School, em Oxford, na Inglaterra.

Diâmetro de giro é de apenas 6 metros. (Fotos: Divulgação)

Diâmetro de giro é de apenas 6 metros. (Fotos: Divulgação)

A maior revolução do T.25 não está exatamente em suas qualidades, mas no seu processo de produção. Denominado iStream, utiliza, conforme comunicado da empresa, 20% da capacidade de uma fábrica normal. Isso representa menor investimento para a fabricação do carro e, também, de menor emissão de poluentes em todo o processo.

Exemplos de disposição dos lugares

Exemplos de disposição dos lugares

O carrinho tem três lugares, mede apenas 2,40 metros de comprimento e 1,30 de largura (três podem ser estacionados em apenas uma vaga comum) e pesa 575 kg. Seu motor é tricilíndrico com 660 cm3 de cilindrada, capaz de gerar potência de 52 cv e torque máximo de 5,8 mkgf. O câmbio é de cinco marchas, semi-automático. O T.25 atinge 156 km/h de velocidade máxima (mas há um limitador a 145 km/h) e acelera de 0 a 100 km/h em 16,2 segundos. Seu consumo de combustível é de 3,83 litros por 100 km, o que lhe dá capacidade de percorrer 26,10 km/l.

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T.25 mede 2,40 metros de comprimento

T.25 mede 2,40 metros de comprimento

O carrinho foi desenvolvido em três anos – a Gordon Murray Design foi fundada em 2007. Gordon Murray é sul-africano e teve carreira brilhante na Fórmula 1, passando por equipes como Brabham e McLaren – foi ele quem criou, para esta, o superesportivo McLaren F1. Ele deixou o lado veloz das competições para aplicar seu conhecimento em tecnologia na produção de um carro pequeno e eficiente no uso de energia. O T.25 já tem uma variação elétrica, chamada T.27, ainda em desenvolvimento. Os preços não foram divulgados – Murray agora busca uma empresa para iniciar a produção dos carrinhos.

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”