Conhecida, no passado recente, por ser uma marca mais, digamos, premium, a Citroën decidiu de fato se popularizar. Isso, a princípio, vem desde os tempos de PSA (Peugeot Citroën), mas se intensificou com a Stellantis (que controla a marca desde 2021). Para Thierry Koskas, CEO da Citroën, a marca precisa atuar nos segmentos principais, fora dos nichos, a fim de obter lucratividade.
De acordo com o executivo, em entrevista ao site Autocar, a Citroën focará em modelos dos segmentos B e C. Desse modo, não haverá sucessores para os segmentos A e D. Como exemplo, o C5 X “não tem desempenho ruim, mas está em um segmento inexistente”, afirma Koskas. Portanto, o crossover sairá de linha nos próximos anos sem deixar sucessor. Para ele, a Citroën precisa estar nos segmentos B e C, pois este é “o coração da marca”.
Ele confirma que a plataforma Smart Car, do C3, é a grande sacada. A base usa poucas peças e por isso é mais fácil – e barato – de fabricar. E, assim, seguindo a cartilha de produzir modelos com preços mais em conta, a estratégia é usar a arquitetura como base para outros lançamentos da marca. Koskas ainda disse, sem detalhamentos, que os próximos modelos fugirão do formato hatchback e SUV.
Em relação ao futuro de alguns modelos existentes, incógnitas. O Ami deve ficar no portfólio por certo tempo. Todavia, C4 e C4 X não se sabe se continuarão. O que se sabe, por ora, é que a marca não quer portfólio muito vasto. “Cinco ou seis modelos bem posicionados e realmente atraentes” é o suficiente para Koskas.
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