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CNH aos 16 anos: PL quer liberar carteira de habilitação a adolescentes
Legislação

CNH aos 16 anos: PL quer liberar carteira de habilitação a adolescentes

Projeto de Lei 314/2023 tramita na Câmara dos Deputados e visa habilitar pessoas entre 16 e 18 anos a dirigir; permissão valerá por dois anos até virar CNH

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

27 de fev, 2023 · 4 minutos de leitura.

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cnh
Quem não porta CNH comete infração leve
Crédito:CRÉDITO: EPITÁCIO PESSOA/ESTADÃO

Na Câmara dos Deputados, tramita o Projeto de Lei (PL) 314/2023 que quer permitir a emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para quem tem mais de 16 anos. Hoje, apenas maiores de 18 anos ficam aptos a obter o documento que, a princípio, começa pela Permissão para Dirigir. A autoria é do deputado federal Roberto Duarte (Republicanos-AC).



De acordo com o deputado, “Os jovens brasileiros vivem um constante processo de amadurecimento que não é visto em outros países. O Brasil admite que jovens maiores de dezesseis anos votem e participem ativamente da vida política nacional. Diante de tal constatação, em que se admite a participação ativa dos jovens na vida política, soa incongruente que ainda perdure a proibição de que jovens de dezesseis anos venham a conduzir carros ou motocicletas”.

Caso vire lei, a Permissão para Dirigir para condutores entre 16 e 18 anos valerá por dois anos. Assim, apenas depois desse prazo o motorista poderá conquistar a CNH definitiva. Cabe salientar, portanto, que para pessoas maiores de 18 anos o prazo continua inalterado: um ano.

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Apresentado no dia 7 de fevereiro, o PL ainda precisa ser despachado para as comissões permanentes. Para aprovação, a proposta necessita ainda passar pelo Senado e pela Presidência da República para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

CNH multa
Trânsito de São Paulo (Tiago Queiroz/Estadão)

CNH para menores de 18 não permitirá multa

Pelo texto, a CNH será entregue ao condutor ao término do prazo da Permissão para Dirigir. Entretanto, no período, o mesmo não pode atingir a pontuação estipulada no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) para a suspensão do direito de dirigir.


Hoje, a pontuação máxima é de 40 pontos, caso não conste nenhuma infração gravíssima no prontuário. Caso conste uma infração gravíssima, a pontuação cai para 30 pontos. Por fim, são 20 pontos para quem cometer duas ou mais infrações gravíssimas.

Entretanto, mesmo com o direito de dirigir, os jovens precisarão ter bom comportamento no trânsito. Do contrário, “deverá aguardar a maioridade para voltar a dirigir”, conforme trecho do PL. O argumento do deputado é o não aumento da violência no trânsito. Assim, caso o motorista menor cometa crime de trânsito, as penas se basearão no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), conforme manda a Lei 8.069/1990.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.