Em 1994, o Brasil parecia outro país. O ano foi marcado por acontecimentos como a estreia do plano Real como nova moeda nacional, pela eleição de Fernando Henrique Cardoso como presidente da República, bem como pela conquista do Tetracampeonato pela Seleção Brasileira de futebol na Copa do Mundo dos Estados Unidos. Teve também a perda de um dos maiores pilotos da história da Fórmula 1, Ayrton Senna, que morreu no dia 1 de maio daquele ano. Mas, no mundo dos carros, diversas novidades chegavam ao País, como o Chevrolet Corsa GSi. Agora em 2024, portanto, o hatch esportivo já pode receber placa preta.
Antes de falar do carro em si, cabe salientar que dentre as regras para receber a placa preta, o carro deve ter 30 anos de fabricação. O excelente estado de conservação também conta. A princípio, o ano-modelo não vale, precisa ser o ano de fabricação. Por isso, carros produzidos em 1994 já podem ostentar o incremento e se tornarem colecionáveis.
O Chevrolet Corsa foi lançado no Brasil no início de 1994 (na Europa, tratava-se da segunda geração) para substituir o Chevette Junior. Primeiro, em 1993, vieram as versões 1.0 Wind e 1.4 GL, produzidas em São José dos Campos (SP). Mas só no ano seguinte, veio a opção GSi.
Como era o Corsa GSI?
Foi no 18º Salão do Automóvel de São Paulo que a edição esportiva GSi (recebia o mesmo sobrenome iniciado pelo Kadett) deu o ar da graça no Brasil. O modelo “apimentado” trazia o motor 1.6 16V de 108 cv, vindo da Hungria. Em torque, rendia 14,8 mkgf a 4.000 rpm. Acelerava de 0 a 100 km/h em 11 segundos. Tinha como atributos, freios a disco ventilados e o sistema antitravamento (ABS), além de ajustes nas suspensões. A ideia da GM consistia em combater esportivos da época, como Fiat Uno Turbo (1.4), VW Gol GTI (2.0 8V) e companhia.
Para comparação, o modelo básico Wind vinha com o 1.0 a gasolina, com injeção monoponto e 50 cv, e câmbio de cinco marchas. Já a versão GL, carregava o 1.4 de 60 cv sob o capô. Todos, no entanto, tinham apenas carroceria hatch e configuração duas portas. Sedã, perua e picape chegaram apenas nos anos seguintes.
No visual, o GSi tinha molduras nos para-lamas, para-choques e saias laterais, bem como grade dianteira modificada. O aerofólio traseiro e as capas dos retrovisores externos vinham na cor da carroceria e, assim, davam o toque final. O hatch esportivo tinha, ademais, faróis de neblina, rodas de liga leve com 14″ e teto solar como opcional.
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