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Corsa faz 30 anos no Brasil; confira a história do carro da GM
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Corsa faz 30 anos no Brasil; confira a história do carro da GM

Chevrolet Corsa completa 30 anos de Brasil, com rica história desde 1994: modelo teve versão esportiva, picape, perua e longa carreira

Rodrigo Tavares, especial para o Jornal do Carro

13 de jan, 2024 · 7 minutos de leitura.

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Chevrolet Corsa chegou ao Brasil 30 anos atrás e revolucionou mercado de populares
Crédito:Chevrolet/Divulgação

O Chevrolet Corsa, um dos modelos mais memoráveis da história da General Motors, completa 30 anos de seu nascimento neste mês. O ano de 1994 reservou muitos acontecimentos para o Brasil, onde o País assistiu perplexo à morte de Ayrton Senna, elegeu Fernando Henrique Cardoso à presidência da República e comemorou o tetracampeonato do Brasil no futebol. Além desses fatos, o público presenciou a chegada do novo carro popular da GM.

Com a missão de substituir o longevo Chevette, o Corsa, recém-chegado ao Brasil, e apenas um ano depois de seu lançamento na Europa, levou uma nova leva de consumidores às lojas, dispostos a pagar até ágio para ter a novidade em suas mãos. Inicialmente, o modelo tinha só a versão Wind com motor 1.0 a gasolina, com injeção monoponto e 50 cv, e câmbio de cinco marchas. A carroceria era somente a hatch de três portas.



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O sucesso foi tanto que a GM teve de aumentar a produção do popular, a fim de evitar o ágio sobre o modelo, enquanto seu presidente vinha a público pedir para que os consumidores esperassem para comprá-lo. Ainda em clima de festa, surge a versão GL, com motor 1.4 de 60 cv e, durante o Salão do Automóvel, a edição esportiva GSi, que trazia o 1.6 16V de 108 cv, vindo da Hungria.

Família Corsa tinha esportivo, perua e até picape

Corsa GSI tinha dirigibilidade respeitável e visual esportivo (Chevrolet/Divulgação)

A versão mais apimentada do modelo tinha como função combater esportivos da época. Entre eles estavam o Fiat Uno Turbo 1.4, e o VW Gol GTI, com motor 2.0 8v, por exemplo. Além disso, outras novidades desta série especial eram os freios a disco ventilados e o sistema de freios ABS.


Em 1995, a família Corsa tomaria o mercado, com a chega das versões picape, sedã e hatch de quatro portas. Chegaria também o competente motor 1.6 de 92 cv. Em agosto de 1997, a montadora apresentava a rara opção com câmbio automático de quatro marchas, bem como também a versão perua Corsa Wagon. Nascia também luxuosa opção GLS, rendendo o apelido de “baby Vectra” ao sedã.

Corsa Wagon substituía a Ipanema e competia contra a VW Parati e Fiat Palio Weekend (Chevrolet/Divulgação)

Em 1998, o sedã passava a oferecer uma versão com motor 1.0 — batizada de Corsa Sedã Super. Em 1999, vieram a primeira reestilização, um novo motor 1.0, agora com 60 cv, disponível também na versão perua (Corsa Wagon Super) e a extinção do propulsor 1.4. Resistindo intacto ao “bug” do milênio, em 2000, a família ficou completa, com o Corsa Furgão.


A segunda e última geração do Chevrolet Corsa

Nova geração deu maior tamanho ao Corsa, bem como opção de motor 1.8 (Chevrolet/Divulgação)

No ano de 2002, o Brasil recebe finalmente o Corsa em uma nova geração, mais uma vez alinhada à vendida na Europa, mas agora com dois anos de atraso. As versões iniciais eram hatch e sedã. Assim, saia de cena também o motor 1.0 16V, para a chegada de um novo 1.0 8V de 71 cv, além do lançamento de um 1.8 8V de 102 cv. Nesse mesmo ano chegava, baseada na nova geração, a minivan Meriva, e no ano seguinte, a picape Montana.

Contudo, em 2003, o antigo Corsa Sedã recebe o sobrenome Classic, para se distanciar do novo modelo, e torna-se uma opção de entrada na linha GM. Avançando no tempo, o novo Corsa teve como momentos marcantes a versão SS, que também equipou a Meriva e o hatch médio Astra, e a chegada do motor 1.4 de 106 cv, em substituição ao 1.8, em 2008, por exemplo.


O Classic e o fim da linha

Classic foi a última encarnação do Corsa no Brasil (Chevrolet/Divulgação)

Seu final foi marcado pela chegada ao mercado do hatch Agile, feito sob sua plataforma, em 2010. Assim, dois anos depois, em julho de 2012, a GM retirou o Corsa de linha. Entretanto, considerando sua verdadeira origem, o último “Corsa” foi o sedã de primeira geração, agora chamado apenas Classic, que teve sobrevida até 2016, como modelo 2017, ficando mais de duas décadas no mercado.

Por fim, o nome Corsa segue vivo na Europa, sob a marca Opel, agora elétrico e comandada pela Stellantis, e não mais pela GM. Em junho do ano passado, o modelo recebeu uma série especial para celebrar seus 40 anos de existência, começados no Velho Continente em 1983.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.