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Elétricos têm venda recorde no Brasil
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Elétricos têm venda recorde no Brasil

Mesmo com a pandemia, Associação Brasileira de Veículos Elétricos projeta alta de 60% sobre 2019; frota deve chegar a 41.500 unidades neste ano

Diogo de Oliveira, special para o Estado

11 de nov, 2020 · 5 minutos de leitura.

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Chevrolet
Chevrolet Bolt é o mais vendido entre os elétricos no Brasil
Crédito:Chevrolet/Divulgação
elétricos

A frota de carros elétricos ainda é minúscula no Brasil, porém as vendas não param de crescer. Em 2020, o total de unidades emplacadas já superou todo o volume de 2019 e registrou um novo recorde em outubro, com 15.556 modelos licenciados. Os dados são da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE).

“Esses ótimos resultados confirmam nossa expectativa de que o mercado de eletrificados no Brasil tende a dobrar de tamanho a cada dois anos, ou menos”, avalia Thiago Sugahara, vice-presidente de Veículos Leves da ABVE e executivo da Toyota.

Os resultados mostram a progressão geométrica. Entre 2012 e 2018, o Brasil tinha 10.666 veículos eletrificados nas ruas. De 2018 para 2019, a frota circulante passou a 22.524 modelos movidos por baterias. E em 2020, a ABVE prevê um total de 41.500 carros elétricos.

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A associação espera que sejam emplacados 19 mil veículos eletrificados no Brasil até dezembro. Se o número se confirmar, o resultado será 60% acima do obtido em 2019 e três vezes maior que o de 2018. O que demonstra um crescimento consistente da categoria.

Importante registrar que, além dos carros 100% elétricos, os números de vendas da ABVE incluem modelos híbridos completos (como o Toyota Corolla) e do tipo plug-in (PHEV), que recarregam em tomadas. As vendas excluem ônibus, caminhões e outros veículos como motos e e-bikes.

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Falta estímulo federal

A ABVE chamou a atenção para a falta de um projeto de estímulo à venda dos veículos elétricos no Brasil. A entidade defende um conjunto de medidas que deem confiança aos compradores e segurança às empresas que investirem na eletromobilidade.

Entre as propostas está a equiparação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos carros elétricos com o de modelos 1.0. Atualmente, os carros eletrificados pagam entre 12% e 18% de tarifa. E um veículo flex 1.0 paga só 7% referente à mesma alíquota.

“Defendemos igualdade de condições aos veículos eletrificados, que são muito mais eficientes e menos poluentes do que qualquer similar convencional com motor a combustão; é uma questão de justiça tributária”, afirmou o diretor da ABVE Thiago Sugahara.


A ABVE propõe também incentivos à instalação de redes de recarga elétrica nas principais cidades e rodovias, e isenção do IPVA. Hoje, menos de dez Estados brasileiros têm leis com esse propósito.



Rede de abastecimento pequena

Um dos aspectos mais desafiadores para os veículos elétricos no Brasil é a infraestrutura de recarga, que ainda é muito pequena. Montadoras premium, como BMW e Volvo Cars, estão investindo pesado na abertura de novos pontos de recarga nas grandes capitais brasileiras.

Também começam a surgir novas empresas no ramo. Uma das novatas é a Tupinambá, startup fundada pelos empresários Davi Bertoncello e Pedro De Conti. A empresa acaba de inaugurar sua primeira estação para recarga para veículos elétricos na Av. Paulista, em São Paulo. E até o fim deste ano, pretende abrir outros dez postos de recarga.


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