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Israel cria rua que recarrega veículos elétricos por indução
Tecnologia

Israel cria rua que recarrega veículos elétricos por indução

Tel Aviv pode ser a primeira cidade do mundo com uma rede de estradas inteligentes que recarregam veículos elétricos

Diogo de Oliveira, special para o Jornal do Carro

24 de set, 2020 · 4 minutos de leitura.

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SISTEMA ESTÁ EM TESTE NAS RUAS DE TEL AVIV COM ÔNIBUS PRIMEIRO
Crédito:ELECTREON

Um dos maiores obstáculos para as vendas de carros elétricos é a rede de abastecimento. A maioria dos países ainda não possui infraestrutura de postos de recarga rápida. Pois Israel está um passo à frente: o país terá a primeira via pública capaz de recarregar veículos por indução. Basta passar sobre o asfalto imantado e o sistema fornece eletricidade às baterias sem uso de fios.



A capital Tel Aviv será a primeira a receber a tecnologia criada em parceria com a startup israelense ElectReon Wireless. Um trecho de 600 metros vai conectar o campus universitário ao terminal ferroviário da cidade, servindo de teste para os ônibus da rede pública. Como não precisarão parar para recarregar, esses veículos poderão usar baterias menores e oferecer mais espaço a bordo.

O sistema desenvolvido pela ElectReon é aparentemente simples. A empresa instala bobinas de cobre sob o asfalto e os módulos ficam conectados à rede elétrica. A transmissão da energia é feita por indução magnética a partir de receptores instalados no assoalho dos veículos, que se recarregam em movimento. Segundo as autoridades locais, os primeiros testes terão início nas próximas semanas.

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Projeto está em testes ainda

“Estamos trabalhando constantemente para reduzir a poluição do ar na cidade, e o nosso plano de ação estratégica (para nos preparar para as mudanças climáticas) colocou a luta contra a poluição no topo da agenda ambiental”, disse Ron Huldai, prefeito de Tel Aviv. “Se o piloto for bem-sucedido, avaliaremos com o Ministério dos Transportes a expansão para outras localidades”, complementou.

Ainda em fase piloto, o projeto prevê que o serviço seja oferecido também aos carros de passeio e demais elétricos. A ideia é ampliar a oferta da tecnologia nas vias e rodovias da capital. Sem a necessidade de criar postos de recarga, os líderes israelenses esperam que mais carros elétricos sejam vendidos, reduzindo a quantidade de fumaça ‒ e, quem sabe, a presença dos motores a combustão.


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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.