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Entenda os novos critérios dos comparativos do Jornal do Carro
Comparativo

Entenda os novos critérios dos comparativos do Jornal do Carro

Alguns itens, dependendo do segmento do modelo, passam a ter peso dois e novos critérios de avaliação serão integrados à tabela

27 de mar, 2017 · 8 minutos de leitura.

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 Entenda os novos critérios dos comparativos do Jornal do Carro
Compactos brasileiros

A partir desta quarta-feira, 29 de março de 2017, o Jornal do Carro adota uma versão atualizada de sua tabela de notas. Em vez dos 16 critérios adotados até então, o quadro passa a ter 18. Entram os parâmetros Consumo, que usará dados divulgados pelo programa Conpet, do Inmetro, e Usabilidade, que avalia a facilidade de usar os sistemas disponíveis no veículo.

Além disso, cinco critérios agora têm peso dois. Os parâmetros que valem mais variam de acordo com o segmento automotivo avaliado. A escolha leva em conta o que é mais importante para o consumidor de cada tipo de modelo.

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Neste primeiro comparativo com a tabela renovada, entre Toyota Corolla e Honda Civic, que são modelos da categoria de sedãs médios, valem dois pontos os critérios preço, conforto, acabamento, equipamentos e porta-malas (veja abaixo quais são os parâmetros com peso maior em cada segmento).

Outra alteração é em relação às notas. Como no modelo anterior, os carros continuam somando máximo de cinco pontos (1 é péssimo, 2 é ruim, 3 é regular, 4 é bom e 5 é muito bom). Porém, passamos a adotar meio ponto para diferenciar um modelo de outro. Se o Civic e o Corolla têm bons motores, por exemplo, essa nova ferramenta poderá ser usada para mostrar se um dos dois é melhor – nesse caso, o propulsor superior ganhará nota 4,5.

Com as alterações, a cada comparativo, um carro pode somar total de 115 pontos, ante os 80 máximos do modelo anterior.


CONFIRA OS CRITÉRIOS COM PESO DOIS EM CADA CATEGORIA:
HATCHES COMPACTOS DE ENTRADA
Preço, consumo, seguro, manutenção, ergonomia
HATCHES COMPACTOS PREMIUM
Preço, consumo, acabamento, equipamentos, estilo
HATCHES COMPACTOS ESPORTIVOS
Desempenho, equipamentos, estilo, ergonomia, estabilidade
SEDÃS COMPACTOS DE ENTRADA
Preço, consumo, seguro, manutenção, porta-malas
SEDÃS COMPACTOS PREMIUM
Preço, conforto, acabamento, equipamentos, porta-malas
PERUAS COMPACTAS
Preço, consumo, espaço, conforto, porta-malas
MONOVOLUMES COMPACTOS
Preço, consumo, espaço, conforto, ergonomia
PICAPES COMPACTAS
Preço, consumo, seguro, capacidade de carga (caçamba), suspensão
HATCHES MÉDIOS
Preço, acabamento, equipamentos, desempenho, estilo
HATCHES MÉDIOS PREMIUM
Desempenho, acabamento, equipamentos, ergonomia, estilo
SEDÃS MÉDIOS
Preço, conforto, acabamento, equipamentos, porta-malas
SEDÃS MÉDIOS PREMIUM
Desempenho, conforto, acabamento, equipamentos, porta-malas
PERUAS MÉDIAS
Preço, conforto, espaço, equipamentos, porta-malas
MINIVANS
Preço, conforto, espaço, equipamentos, porta-malas
VANS
Preço, espaço, conforto, equipamentos, porta-malas
SEDÃS MÉDIOS-GRANDES
Conforto, equipamentos, acabamento, porta-malas, desempenho
SEDÃS GRANDES
Conforto, equipamentos, acabamento, porta-malas, desempenho
PICAPES MÉDIAS
Preço, seguro, capacidade de carga (caçamba), suspensão, manutenção
UTILITÁRIOS-ESPORTIVOS COMPACTOS
Preço, conforto, espaço, equipamentos, porta-malas
UTILITÁRIOS-ESPORTIVOS MÉDIOS
Conforto, espaço, equipamentos, porta-malas, acabamento
UTILITÁRIOS-ESPORTIVOS MÉDIOS-GRANDES
Conforto, espaço, equipamentos, porta-malas, acabamento
UTILITÁRIOS-ESPORTIVOS GRANDES
Conforto, espaço, equipamentos, porta-malas, acabamento
JIPES
Preço, seguro, suspensão, manutenção, desempenho (off-road)
CARROS COM PREPARAÇÃO ESPORTIVA
Desempenho, equipamentos, estilo, ergonomia, estabilidade
CARROS ESPORTIVOS
Desempenho, equipamentos, estilo, ergonomia, estabilidade

O QUE SIGNIFICA CADA CRITÉRIO:
1 – ACABAMENTO – QUALIDADE DOS MATERIAIS USADOS NA CABINE E NO EXTERIOR; MONTAGEM DAS PEÇAS;
2 – CÂMBIO – MODERNIDADE, TECNOLOGIAS APLICADAS E FUNCIONAMENTO DO SISTEMA;
3 – CONFORTO – QUALIDADE DA VIDA A BORDO DE MOTORISTA E OCUPANTES, INCLUINDO ITENS COMO BANCOS E VOLANTE, ALÉM DA PRESENÇA DE COMPONENTES PARA APRIMORAR A COMODIDADE;
4 – CONSUMO – BASEADO EM MÉDIAS DIVULGADAS PELO PROGRAMA CONPET;
5 – DESEMPENHO – COMPORTAMENTO DO CONJUNTO MECÂNICO EM DIVERSAS CONDIÇÕES DE USO (CIDADE, ESTRADAS OU OFF-ROAD, DEPENDENDO DO MODELO), LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO PARÂMETROS COMO A CAPACIDADE DE ACELERAR E RETOMAR VELOCIDADE;
6 – EQUIPAMENTOS – QUANTIDADE E QUALIDADE DOS ITENS DE SÉRIE E OPCIONAIS;
7 – ERGONOMIA – POSIÇÃO E FORMATO DOS COMPONENTES DO CARRO, ESPECIALMENTE OS DA CABINE;
8 – ESPAÇO – ÁREA DESTINADA A MOTORISTA E PASSAGEIROS NA CABINE;
9 – ESTABILIDADE – COMPORTAMENTO DA CARROCERIA, DOS PNEUS E DA SUSPENSÃO EM ALTA VELOCIDADE, CURVAS E MUDANÇAS DE TRAJETÓRIA;
10 – ESTILO – HARMONIA DAS LINHAS DO INTERIOR E EXTERIOR;
11 – INSTRUMENTOS – FACILIDADE DE LEITURA E TECNOLOGIAS PRESENTES NO PAINEL DE INSTRUMENTOS;
12 – MANUTENÇÃO – PREÇO DAS TRÊS PRIMEIRAS REVISÕES;
13 – MOTOR – TECNOLOGIAS, MODERNIDADE E COMPORTAMENTO DO COMPONENTE;
14 – PORTA-MALAS – AMPLITUDE DO COMPARTIMENTO, FACILIDADE DE USO E CAPACIDADE DE ACOMODAÇÃO DE BAGAGENS;
15 – PREÇO – TABELA SUGERIDA PELA FABRICANTE;
16 – SEGURO – COTAÇÕES FEITAS EM CORRETORA DE SEGURO, COM PERFIL PADRÃO (HOMEM, CASADO, 40 ANOS, MORADOR DO CENTRO DA CIDADE DE SÃO PAULO);
17 – SUSPENSÃO – COMPORTAMENTO E TECNOLOGIAS EMPREGADAS NO SISTEMA;
18 – USABILIDADE – FACILIDADE E INTUITIVIDADE DE ACIONAR OS SISTEMAS E EQUIPAMENTOS DISPONÍVEIS NO VEÍCULO.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”