BYD Seagull elétrico barato
BYD/Divulgação

Ex-chefe de engenharia da GM elogia eficiência do BYD Dolphin Mini: 'ameaça real'

Executivo da GM por mais de três décadas, Terry Woychowski diz que BYD Dolphin Mini é 'exercício de eficiência' e fala em ameaça real

Por Diogo de Oliveira 19 de mai, 2024 · 5m de leitura.

Os Estados Unidos estão fazendo de tudo para bloquear e sabotar os veículos chineses por lá. Teme-se que os novos modelos de marcas do país oriental, como a BYD, muitos deles elétricos e acessíveis, causem um verdadeiro estrago na indústria local. Dentre as recentes medidas anunciadas pelo presidente norte-americano, Joe Biden, está uma tarifação específica a ser paga por produtos chineses, de chips a veículos elétricos.

Pois esse sentimento de temor foi reforçado por Terry Woychowski, ex-chefe de engenharia da General Motors. Em entrevista à Associated Press, o engenheiro foi só elogios ao BYD Seagull – que, no Brasil, chama-se Dolphin Mini. “Claro sinal” para a indústria e “um exercício de eficiência”, disse Woychowski, referindo-se ao fato de o hatch chinês ter só um limpador de para-brisas, o que economiza custos e reduz o peso.

Carros chineses à frente dos americanos?

Woychowski, que trabalhou na GM de 1978 até 2011, exaltou o fato de o Seagull pesar 1.239 kg. Ou seja, é bem mais leve que o Chevrolet Bolt (1.641 kg), atualmente o elétrico mais barato dos EUA. “As coisas terão de mudar de forma radical para que marcas norte-americanas venham a poder competir contra elétricos chineses de baixo custo”, declarou. Para o ex-chefe da GM, as montadoras locais terão de “fabricar veículos elétricos para todos”.

Além do baixo peso e da ótima autonomia de 405 km (ciclo global), Woychowski citou o fator qualidade como ponto de atenção no BYD Seagull. Isso porque, embora acessível, o hatch elétrico chinês vem de fábrica com diversos equipamentos importantes, como controle eletrônico de estabilidade, seis airbags e freios a disco nas quatro rodas, por exemplo.

BYD Seagull elétrico barato
BYD/Divulgação

Por fim, Woychowski elogiou a construção do BYD Seagull, “toda interna e integrada verticalmente”. Para o ex-chefe de engenharia da GM, esta é uma “vantagem incrível que eles têm”, pois proporciona consideráveis economias de escala com a alta produção do modelo, que pode chegar a 3 milhões de unidades por ano. Na China, o Dolphin Mini custa o equivalente a US$ 12 mil. No Brasil, o hatch é bem mais caro, e parte de R$ 115.800.

BYD Dolphin Mini no Brasil

Entretanto, mesmo custando bem mais caro no mercado brasileiro, o Dolphin Mini vem quebrando paradigmas. O elétrico de entrada da BYD estreou em março e já é o carro a bateria mais vendido de 2024, com números recordes. Somente no mês de abril, o modelo somou 3.143 emplacamentos e superou até carros flex feitos no País. Aliás, o hatch é um dos cotados a ganhar produção nacional na fábrica que a marca chinesa em Camaçari, na Bahia.

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