Os reguladores antitruste da União Europeia aprovaram a fusão dos Grupos PSA e FCA para criação da Stellantis. A união, que envolve nada menos que US$ 38 bilhões, preocupava o bloco por causa da concorrência de comerciais leves.
Como resultado, o holding será o segundo maior grupo automotivo da Europa. Ele tomará o lugar que hoje pertence a Renault, e ficará atrás da gigante Volkswagen. O grande embate, no entanto, está no segmento das vans e veículos comerciais.
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Embate dos utilitários comerciais
Para a fusão ocorrer, a entidade estabeleceu que a PSA deverá prorrogar o acordo de cooperação com a Toyota. Além disso, a empresa deverá baratear às taxas de transferência de veículos, peças sobressalentes e acessórios para a fabricante japonesa.
Assim, a UE busca proteger o comércio de vans da concorrência no continente. O órgão teme que a Stellantis domine o segmento de comerciais leves com 34% do mercado. Por último, deverá facilitar o acesso de outras montadoras às redes de manutenção de ambas às empresas. Dessa forma, cabe a Ford e a Renault ficarem com 16% do mercado para cada uma e 12% para Volkswagen.
Em um comunicado à imprensa, a vice-presidente da Comissão Europeia, Margrethe Vestager, afirmou: “Podemos aprovar a fusão da Fiat Chrysler e da Peugeot SA porque seus compromissos facilitarão a entrada e a expansão no mercado de pequenas vans comerciais”
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Fusão deverá ser concluída no 1º trimestre de 2021
De certo, essa aprovação foi o obstáculo mais difícil para a formação da Stellantis. Agora, os acionistas irão votar sobre a criação da empresa. Então, espera-se que as negociações se concluam até o final do 1º trimestre de 2021.
Com doze marcas, o grupo se tornará o quarto maior fabricante automotivo do mundo. À sua frente, ficarão a Renault-Nissan-Mitsubishi, Grupo Toyota e do Grupo Volkswagen.
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Então, montadoras como Fiat, Peugeot, Citroën, Jeep, Ram, Maserati, Dodge e Alfa Romeo estarão unidas em um só conglomerado.