A Toro é um veículo incomum. Com visual “ame ou odeie” e a boa plataforma do Jeep Renegade, a picape intermediária tem comportamento similar ao de carros de passeio, não se encaixa no segmento de médias e nem de compactas e é o primeiro produto caro que a Fiat consegue colocar na lista de desejo dos brasileiros em anos. O sucesso é tanto que ela foi a segunda picape mais vendida do País na lista geral de abril.
A versão de entrada, Freedom, parte de R$ 77.800 e vem com motor 1.8 flexível que oferece menos que o mínimo que a Toro precisa. São até 139 cv e 19,3 mkgf (com etanol) para mover 1.619 kg, uma conta que não fecha na hora de fazer ultrapassagens ou retomar velocidade.
Continua depois do anúncioO câmbio automático de seis velocidades (o manual só é oferecido nas versões a diesel) até trabalha bem, baixando as marchas quando é necessário mais vigor, mas, como a força total só está disponível a 3.750 giros, não há milagre.
A boa notícia é que a Toro compensa essas falhas no conforto ao rodar. A suspensão independente tem um sistema que adapta o ângulo de cambagem e cáster conforme o peso da carga transportada.
O resultado é maciez na medida certa ao passar por lombadas e buracos, por exemplo, e boa estabilidade mesmo se o motorista exagerar um pouco em curvas. A picape permanece firme, com as quatro rodas grudadas no piso.
Os freios com sistema antitravamento ABS são eficientes e bem dimensionados para o carro. E a direção, com assistência elétrica, é leve e precisa como a de um bom hatch médio.
FICHA TÉCNICA
Motor
1.8, 4 cil., 16V, flexível
Potência (cv)
139 a 5.750 rpm (com etanol)
Torque (mkgf)
19,3 a 3.750 rpm (com etanol)
Câmbio
Automático, seis marchas
Capacidade de carga
650 quilos
PRÓS E CONTRAS
prós: SUSPENSÃO
Independente nas 4 rodas, o conjunto funciona bem seja para encarar buracos da via ou com a picape carregada.
contras: DESEMPENHO
Motor 1.8 flexível quase não é suficiente para mover a Toro com o mínimo de dignidade.