O Jornal do Carro celebra na sexta-feira (4) 35 anos e, nesta reportagem comemorativa, fizemos uma imersão no futuro da mobilidade individual. Este final de década marca o princípio de uma revolução no conceito de carro, e seus efeitos começarão a ser vistos a partir dos anos 2020, quando o carro autônomo finalmente se tornará realidade.
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Os modelos que se guiam sozinhos, sem ajuda do motorista, vão modificar completamente a relação entre pessoas e automóveis. Em vez de meio de mobilidade, o veículo vai se tornar um assistente pessoal, segundo a Bosch, empresa alemã que é a maior sistemista automotiva do mundo.
O carro autônomo não é mais hipótese, é certeza. Porém, para que possa cumprir sua missão de reduzir acidentes a níveis próximos de zero, ao eliminar as falhas humanas (principais causadores de incidentes no trânsito, segundo informações da sistemista alemã ZF), precisará ganhar escala e ser maioria nas ruas. Esse cenário não se consolidará na próxima década. O mais provável é que possa se tornar realidade a partir dos anos 2030.
Enquanto ele não vem, montadoras, sistemistas e outras empresas de tecnologia já desenvolvem o novo conceito de automóvel. Nesta e nas próximas páginas, você poderá conferir a visão dessas companhias sobre o futuro sobre rodas.
O veículo não será feito para motoristas, e sim para ocupantes. Dentro do carro, as pessoas vão poder trabalhar, se divertir, confraternizar, ler e descansar. Por isso, o automóvel passará a ser pensado cada vez mais de dentro para fora.
Assim, uma das principais revoluções será nas cabines dos veículos, que vão se tornar salas (de visita ou de reunião, dependendo da necessidade do proprietário). Nelas, o dono do carro poderá “receber seus convidados”, ou fazer videoconferências, por exemplo.
Outra mudança importante será na interação do automóvel com o entorno. O Concept i, conceito autônomo da Toyota, é um bom exemplo. Suas portas têm painéis que enviam mensagens de saudação aos ocupantes de outros carros, ou avisos de segurança.
Tanto na concepção da cabine quanto na interação com o entorno a peça central é a conectividade, que será responsável pela comunicação entre os carros e a do veículo com a infraestrutura (ruas e estradas), garantindo a segurança.
Quanto à propulsão, a eletricidade pura é aposta de importantes montadoras, como a Volvo, e da maioria das sistemistas (a exemplo de Bosch e ZF). O desafio é aumentar a autonomia e reduzir o custo das baterias, algo já proposto pelo Grupo Volkswagen, e aprimorar a rede de abastecimento.
INTERIOR MULTIFUNCIONAL
Alguns protótipos de carros do futuro que estão sendo mostrados por sistemistas, montadoras e outras empresas de tecnologia dispensam pedais e, em alguns casos, até mesmo o volante. Há modelos conceituais que, para o comando de direção, têm manches, como os de aviões, a serem utilizados em situações de emergência.
É o caso de um protótipo mostrado pela Bosch no início deste ano, na feira de tecnologia anual CES, em Las Vegas, nos Estados Unidos. Na visão da empresa alemã, o carro passará a ser um assistente pessoal de seu proprietário.
No momento em que ele entrar na cabine, o veículo reconhecerá seu rosto e, automaticamente, aplicará suas configurações e preferências. Banco, espelhos e sistema de som serão ajustados de acordo com os padrões escolhidos ou mais usados pelo dono do carro.
Os comandos, de acordo com a Bosch, serão feitos por gestos, abolindo de vez botões e alavancas. Trata-se de uma amplificação do que já ocorre em alguns carros de luxo, como o BMW Série 7.
Nele, o controle do sistema de som e a escolha das câmeras a serem projetadas na tela central já podem ser feitos por gestos. A Bosch está aperfeiçoando essa tecnologia e expandindo-a para os demais padrões do veículo.
O interior se transformará em uma sala. Os bancos da frente serão giratórios, para que o motorista possa escolher entre guiar o carro, com as poltronas viradas para a frente, ou interagir com os outros ocupantes, posicionando-o na direção contrária ao volante.
Também na CES 2017, a Panasonic mostrou o conceito do interior de um carro do futuro. Além desse conceito de banco, o carro traz painéis com realidade aumentada, no lugar dos vidros. Ali, os ocupantes podem assistir vídeos, participar de uma conferência online ou ainda fazer pesquisas sobre os locais que querem visitar, por exemplo.
Além disso, há quatro telas com tecnologia 4K (de alta definição), que ficam na mesa central da cabine. O protótipo não é equipado com pedais para acelerar e frear.
GALERIA: VISÕES DO FUTURO
Próximos passos
Antes da chegada do carro totalmente autônomo, veículos terão novas tecnologias de reação automáticas, que servirão como teste para consolidação do automóvel que dispensa o motorista. Entre os destaques, a ZF em breve lançará um sistema que impede conversões na contramão.
Motores
É um caminho sem volta: os carros serão 100% elétricos. Problemas de autonomia baixa em breve serão contornados. Porsche e Audi, do Grupo Volkswagen, mostraram em 2015 veículos capazes de percorrer 500 km a cada recarga da bateria. Um deles é o protótipo Mission E (foto), que terá versão definitiva em 2019.
Avanço
Audi A8, que chega no fim do ano à Europa, será o primeiro autônomo de nível 3 do mundo. Os carros atuais estão no nível 2 de autonomia. De olho na chegada do carro, Alemanha autorizou, em maio, o o uso de sistemas autônomos nos veículos - mas com diversas ressalvas.
Design
Para melhor aproveitamento de espaço, carro do futuro terá formas arredondadas e portas com sistemas de abertura não convencionais.
Inteligência artificial
Será a base do carro do futuro. O veículo usará sistemas avançados de inteligência artificial para aprender e ler emoções das pessoas. Assim, poderá reagir até a situações não previstas durante o seu desenvolvimento.
Conexões
Carros poderão "conversar" entre si e interagir com o entorno. Protótipo da Toyota tem painéis nas portas para saudar e enviar mensagens aos ocupantes de outros veículos. Conectividade será a base da boa convivência e da segurança.
Estações de trabalho
Sem necessidade de conduzir o carro, proprietário poderá trabalhar, usar o celular e até se divertir dentro do veículo, assistindo filmes, por exemplo.
Interior
Cabine será o foco do carro do futuro. Quando o veículo autônomo for maioria nas ruas, assentos poderão ser virados para trás, e o interior do veículo se tornará em uma grande sala de lazer ou trabalho.
Painel interativo
Entre as apostas para o carro do futuro está a projeção de informações em tempo real no para-brisa, por meio do Head Up Display de realidade aumentada.
Smart cities
Para viabilizar o carro do futuro, cidades precisarão avançar em infraestrutura. Bosch tem projeto em cidades de vários continentes, batizado de "Smart Cities" (cidades inteligentes).
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Na CES 2017, feira de tecnologia em Las Vegas, nos Estados Unidos, a Toyota apresentou o Concept i, a proposta de veículo autônomo da marca japonesa. O destaque do conceito é a inteligência artificial. Esse sistema avançado é, para a maioria das empresas de tecnologia, a chave para a mobilidade do futuro.
Isso porque, apesar de sensores, radares e câmeras usados nos protótipos autônomos atuarem com precisão, eles não são suficientes para ler algumas situações de emergência.
A inteligência artificial parece ser a solução para esse problema. Por meio dela, o carro lê não apenas as reações, mas também as emoções do motorista (no caso da tecnologia utilizada no protótipo Concept i).
Com isso, o carro vai aprendendo a reagir sozinho em qualquer situação. A leitura das reações é feita a partir da observação, pela máquina, de sinais visuais e táteis do motorista.
A inteligência artificial já vem sendo usada em alguns modelos de série que utilizam sistemas semiautônomos (capazes de assumir o comando do carro em algumas situações).
O Audi A8, que chega ao Brasil no ano que vem, aprimorou essa tecnologia para ser o primeiro veículo autônomo de nível 3 do mundo – atualmente, os modelos de rua estão no nível 2, numa escala que vai até 5.
Isso significa que ele será capaz de assumir o comando do carro em situações mais variadas que as disponíveis nos carros semiautônomos atuais. Quando atingir o nível 5, o veículo dispensará totalmente a assistência do motorista.
CARRO SERÁ MAIS AMIGÁVEL
O carro do futuro será capaz de interagir com o motorista, com outros carros e com o entorno. O Concept i, da Toyota, usa sua inteligência artificial para emitir mensagens em painéis que ficam na parte exterior das portas.
Neles, o carro emite mensagens de saudação aos ocupantes de outros veículos. Além disso, também nos painéis, envia alertas de segurança aos carros que estiverem circulando no entorno. Tudo para melhorar a sociabilidade e a segurança.
A Bosch está desenvolvendo uma “nuvem” para conectar carros, ambiente e até as residências dos proprietários dos veículos. A partir do automóvel, será possível acionar remotamente eletrodomésticos, como o ar-condicionado ou o forno da residência, por exemplo.
Além disso, o para-brisa pode se tornar um grande painel de notificações e entretenimento. Por meio de tecnologias de realidade aumentada, os ocupantes do automóvel poderão receber e-mails e outros tipos de mensagens, consultar informações sobre o local que querem visitar (vendo fotos, inclusive) e até participar de conferências em vídeo online.
O comando de voz será um aliado importante nesse tipo de comunicação. Essencialmente, o dono do veículo usará gestos e a voz, sem ter de apertar botões.
DESIGN SIMPLIFICADO
Sabe aqueles filmes futuristas que mostram carros redondos, com portas que se abrem de maneiras pouco convencionais? Pois é exatamente assim que o carro do futuro será, na visão de sistemistas, montadoras e empresas de tecnologia.
Na CES 2017, em Las Vegas, a Panasonic mostrou sua visão de design para o carro do futuro, que poderá ter formato de bolha. A razão é que esse desenho faz com que ele ocupe menos espaço no entorno.

Além disso, o formato arredondado das cabines proporciona melhor aproveitamento no espaço interno, que passará a ser o foco do carro.
Exemplo dessa demonstração é o Concept i, da Toyota, o carro pensado de dentro para fora. Suas portas se abrem para cima, e o painel tem poucos comandos, já que a função do motorista não será tão necessária, e o veículo terá autonomia para “guiar”. Ainda assim, no protótipo o volante foi mantido.
EM BUSCA DA AUTONOMIA
A autonomia é o principal entrave à consolidação do carro elétrico. Modelos 100% a eletricidade vendidos atualmente chegam, em média, a 200 quilômetros a cada recarga de bateria. É pouco para quem precisa percorrer longas distâncias.
O Grupo Volkswagen, por meio das marcas Porsche e Audi, apresentou em 2015 conceitos elétricos capazes de atingir 500 quilômetros de autonomia. É o caso, por exemplo, do Porsche Mission E, esportivo previsto para entrar em produção em 2019.
A empresa informa que em apenas dez minutos é possível recarregar 85% da capacidade de suas baterias. Até hoje, a recarga total, que dura cerca de oito horas, é também um entrave ao ganho de escala do carro elétrico.
Outra aposta é a dos carros elétricos a célula de combustível. Nesse caso, a eletricidade é gerada no próprio veículo, a partir de reação química entre oxigênio e hidrogênio. Atualmente, os japoneses Toyota Mirai e Honda Clarity são dois dos modelos que já usam a tecnologia, que tende a ser expandida a outros automóveis.
CIDADES DEVERÃO SE PREPARAR
De nada adianta ter um carro autônomo, conectado e eletrificado se as cidades não tiverem infraestrutura para recebê-lo. Isso vai além de uma rede eficiente de postos de recarga, ou de construção de novos edifícios residenciais e comerciais com tomadas nas garagens.
De acordo com a alemã Bosch, além de faixas bem pintadas nas ruas, as cidades precisarão de infraestrutura que contemple todos os seus aspectos, como segurança, a maneira como os prédios são construídos e até a presença de estacionamentos conectados.
Por isso, a sistemista criou o projeto batizado de “Smart Cities” ou cidades inteligentes. A empresa não revelou detalhes sobre a aplicação desse projeto, mas anunciou que ele será realizado em quatro cidades: Hamburgo e Berlim, na Alemanha; São Francisco, na Califórnia, Estados Unidos; e Cingapura.
Além disso, a empresa alemã informa também que já iniciou o desenvolvimento de uma cidade inteligente em Tianjin, na China. Trata-se da “cidade piloto” desse projeto.
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Banalização
No PEB, programa de etiquetagem veicular feito pelo Inmetro, os veículos são separados por categorias. Na lista de utilitários-esportivos (SUVs) compactos, há diversas surpresas: estão lá diversos hatches, monovolumes, peruas... Vários listados como SUVs não poderiam jamais ser considerados utilitários. Porém, conforme o Inmetro, para ser um SUV o carro tem de cumprir dois, de quatro requisitos: vão livre do solo mínimo de 20 cm, ângulo de entrada a partir de 23° e de saída a partir de 20° e ângulo de transposição de rampa mínimo de 10°. Com isso, qualquer carro com suspensão elevada pode ser chamado de utilitário, o que acaba gerando uma tremenda distorção. Não é à toa que o slogan do hatch Kwid é "O compacto dos SUVs". A propósito, ele só não está nesta reportagem pois ainda não foi listado no PEB. Veja quais são os carros que só o Inmetro (e talvez suas próprias fabricantes) considera SUVs.
Fiat Uno Way
Sério isso, Inmetro? O Uno é SUV?
Uno Way
A Way é a versão com suspensão elevada do HATCH COMPACTO Uno.
Citroën Aicross
Um estepe na tampa traseira não é capaz de transformar um C3 Picasso em um SUV. Não mesmo.
Citroën Aircross
Talvez, este modelo pudesse ser considerado um crossover, por trazer características de dois tipos de modelo, hatch e monovolume.
Renault Sandero Stepway
Não, Inmetro. Ele não é SUV. É só o HATCH COMPACTO Sandero com suspensão elevada.
Fiat Weekend Adventure
É só olhar para saber que este carro não é um SUV, e sim uma PERUA
Honda WR-V
O Fit já teve uma versão "aventureira". Quem se lembra do Fit Twisty?
Honda WR-V
Em vez de lançar o novo Fit Twisty, a Honda resolveu chamá-lo de WR-V, e "vender" a ideia de que ele é SUV. Não é. É um HATCH COMPACTO com características de MONOVOLUME e suspensão elevada. Ah, de acordo com a Honda, ele tem a suspensão traseira do SUV HR-V. Isso, porém, não faz dele um utilitário.
Hyundai HB20X
Se o WR-V pode ser SUV, o HB20X também pode. A verdade é que nenhum dos dois é. O Hyundai é um HATCH COMPACTO com suspensão elevada.
Volkswagen CrossFox
Este é um dos pioneiros da turma dos pseudo-aventureiros
Volkswagen CrossFox
Na cola do sucesso do EcoSport, lá em meados da década passada, a VW levantou a suspensão do Fox e colocou um estepe na tampa traseira. Justiça seja feita: a fabricante nunca chamou o carro de SUV. O Inmetro, porém, diz que é.
Ford Ka Trail
Quem em sã consciência é capaz de comprar um Ka Trail acreditando estar levando para casa um SUV. O Ka é HATCH COMPACTO.
PRÓXIMOS PASSOS
Antes da chegada do carro autônomo de nível 5, montadoras lançarão diversas tecnologias preliminares, que vão servir como teste para a consolidação do veículo que dispensa motorista. Atualmente, alguns modelos (caso do Mercedes Classe E) já são capazes de estacionar e sair da vaga sozinhos. O condutor controla os movimentos pelo celular, do lado de fora.
No Salão de Frankfurt (Alemanha), a ser realizado no mês que vem, na Alemanha, a ZF vai mostrar alguns sistemas de segurança que estarão em breve nos carros de série. O mais interessante é o que impede conversões na contramão.
Trata-se do Wrong-Way Inhibit (inibidor de contramão). Ele começa a atuar quando o motorista indica com a seta e um leve movimento do volante que vai entrar em uma via em sentido contrário ao do fluxo.
Nesse momento, o recurso emite sinais de alerta sonoros e no painel do carro e transmite vibração ao cinto de segurança. Se ainda assim o motorista fizer a conversão, o sistema estaciona o veículo na lateral da pista. Para isso, inicialmente ele reduz a velocidade e, depois, aciona os freios.
Outro sistema é o que aplica pressão no volante se perceber que o motorista perdeu a atenção.
Se ele desviar os olhos da via, uma câmera instalada no painel detecta a desatenção, e o dispositivo movimenta levemente a direção, para chamar a atenção do condutor.
BRASIL LONGE DO AVANÇO
A “eletrificação” e a “automação” pela qual passarão os automóveis em curto e médio prazo no mundo desenvolvido são um movimento que no Brasil irá demorar muito mais.
De acordo com o diretor do setor automotivo da consultoria Roland Berger, Rodrigo Custódio, a previsão é de que em 2025 veículos elétricos representem apenas 1% do mercado no Brasil. O País também não tem a estrutura que os autônomos necessitam, caso de pintura nas vias.
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Volkswagen Tiguan
Há diversos modelos que já fizerem muito sucesso. Alguns foram até líderes de suas categorias. No entanto, geralmente por falta de inovação, eles foram perdendo o poder de atração. Alguns, hoje, respiram por aparelhos no mercado, de tão irrelevantes que são suas vendas. Nos áureos tempos, o Tiguan vendeu muito bem, e era objeto de desejo. Tanto que, até hoje, é figurinha comum nas ruas. Porém, nos últimos anos, as vendas do modelo passaram a ser totalmente irrelevantes. Em junho, ele teve menos de 50 emplacamentos.
Kia Cerato
Já apareceu em terceiro lugar no ranking de sedãs médios e, com preço competitivo, chegou a ameaçar a hegemonia de Corolla e Civic. Agora, o Cerato desapareceu. Em junho, teve 145 emplacamentos.
Volkswagen Golf
Um dos carros mais adorados pelos entusiastas, o Golf está minguando no ranking de vendas. Aqui, o problema é mais do segmento, que caminha para o desaparecimento no Brasil. O Golf, porém, tem registrado vendas ainda mais baixas que as de Cruze e Focus nos últimos meses, nos quais suas médias foram de 300 unidades.
Fiat Palio
Há dois anos, o Palio era líder de vendas no Brasil. Porém, desde o fim de 2017, ele vem perdendo mercado e, de abril para cá, não conseguiu chegar nem a 1.500 unidades emplacadas por mês. Hatch já sofre ameaça de ficar fora do "top 30".
Volkswagen SpaceFox
Outro segmento que está bastante ameaçado no Brasil é o de peruas. Já quase não há modelos da categoria no País. Os que são oferecidos não vendem nada. A SpaceFox registrou médias mensais abaixo de 50 unidades durante a maior parte do ano.
Ford Fiesta
O Fiesta já foi o Ford mais vendido do País e, antes, tinha cadeira cativa no "top 10" de vendas - com ocasionais visitas ao "top 5". Porém, há muito tempo ele já não frequenta nem o "top 20". Suas médias, neste ano, foram de cerca de 1.300 unidades. Problemas com seu câmbio automático (Powershift) ajudaram a manchar a imagem do modelo.
Nissan Sentra
Em seus momentos mais brilhantes, já foi o terceiro sedã mais vendido do País. Agora, tem médias mensais de vendas de 350 unidades.
Renault Duster
Foi o carro que mais perdeu com a chegada dos novos SUVs compactos. Nos últimos meses, suas vendas vêm despencando (leia detalhes aqui).
Honda CR-V
Em outros tempos, frequentava as primeiras posições da lista de vendas de SUVs. Desde o ano passado, vem aparecendo no pé deste ranking. Desde abril, suas vendas não passam de 50 unidades. O CR-V está sem mudanças há muitos anos, mas sua nova geração em breve estará nas lojas do País.
Fiat Strada
Não dá para dizer que a Strada, de uma hora para a outra, tornou-se irrelevante. É fato, porém, que a ex-líder disparada do segmento de picapes vem perdendo o brilho no ranking mês a mês. Sua situação é muito ruim quando são consideradas apenas as vendas no varejo. Cerca de 88% dos emplacamentos da Strada são provenientes de negócios fechados no atacado (leia aqui).