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Ford destaca superesportivos em Detroit
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Ford destaca superesportivos em Detroit

Mustang Shelby GT350R e GT Concept são os grandes lançamentos da marca americana no Salão

12 de jan, 2015 · 4 minutos de leitura.

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 Ford destaca superesportivos em Detroit
Ford Mustang Shelby GT350R durante a apresentação no evento

Dois superesportivos são os grandes destaques da Ford durante o Salão de Detroit: o Mustang Shelby GT350R e o GT Concept. Para brigar com o Chevrolet Camaro Z/28, a oval azul apresentou a versão mais agressiva do Mustang Shelby GT350, com motor 5.2 V8 com mais de 500 cv de potência e torque acima dos 55 mkgf – a Ford afirma ainda não ter os números finais.

As rodas de 19 polegadas são de fibra de carbono, e só essa mudança já reduziu o peso do esportivo em 6 kg. No total, o GT350R ficou 59 kg mais leve que a versão normal – o restante dos quilinhos extras foram limados graças à exclusão de itens como ar-condicionado, sistema de som, banco traseiro, entre outros equipamentos. A marca também retrabalhou a aerodinâmica do modelo, adicionando um enorme aerofólio, difusores e uma grande entrada de ar no capô.

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Já o GT (abaixo), apresentado em forma de conceito, mas com produção garantida para 2016, traz todas as características típicas de um supercarro: motor central, tração traseira e carroceria aerodinâmica. Mas em vez de carregar o V8 comumente usado nos Ford de alta performance, incluindo o GT anterior, a nova geração terá um motor 3.5 V6 EcoBoost biturbo, capaz de desenvolver mais de 600 cv. A transmissão tem sete marchas e dupla embreagem.

A montadora usou uma série de materiais leves no chassi, como fibra de carbono e alumínio, para dar ao modelo uma excelente relação peso-potência. O sistema de suspensão é ajustável em altura, as rodas têm 20 polegadas e os freios são de carbono-cerâmica. A produção, que começa no final do ano que vem, marcará as comemorações da Ford pelo 50º aniversário da vitória histórica do GT40 original na 24 Horas de Le Mans, em 1966.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”