A fábrica mexicana de Cuatitlán vêm ganhando cada vem mais importância dentro da Ford. A montadora acaba de transferir a construção de dois futuros modelos da planta de Ohio (EUA) para a linha de produção do México. Além da produção do Bronco Sport, Maverick e Ford Mach-E, o local será responsável por produzir dois SUVs elétricos.
A novidade surgiu por meio de uma carta do chefe da União dos Trabalhadores Automotivos (UAW) da Ford. De acordo com Gerald Kariem, a Ford estava rejeitando a promessa de implementar dois novos produtos a linha de montagem da fábrica de Ohio. Dessa forma, Gerald acusou a Ford de “ganância corporativa” e prometeu tomar providências caso a empresa não mude de ideia.
Em contrato com a UAW, a Ford se comprometeu a incluir nesta planta um veículo de próxima geração até 2023, bem como o investimento de US$ 900 milhões.
Conforme o site Automotive News apontou em 2019, esses dois modelos em questão são tratados pelo codinome de CDX746 e CDX747. Eles se tratam de dois SUVs médios elétricos, um da Ford e outro da marca premium Lincoln.
Na época, a montadora anunciou para aos trabalhadores se prepararem para atingir o volume anual de 65 mil unidades no total. Assim, a expectativa é que a produção comece entre o final de 2022 e o início de 2023.
Trocas de fábrica
Embora os produtos não tenham mudado, essa já é a terceira troca da fábrica que abrigará sua produção. A princípio, a Ford gostaria de fabricar a dupla na planta de Cuatitlán, junto a montagem do elétrico Mustang Mach-E. Então, a montadora decidiu que seus modelos elétricos sairiam todos da fábrica do Michigan, local onde o Mustang a combustão é feito.
Contudo, as negociações com a União dos Trabalhadores Automotivos fez com que a montadora mudasse novamente o local de construção, passando então para a planta de Ohio. Eis que agora, o plano de produção volta para o México.
Elétricos no Brasil?
Ainda é muito cedo para comentarmos sobre a chance do elétrico vir ao Brasil. Claro que, com a produção sendo mexicana, aumenta-se a probabilidade, já que o Brasil tem um acordo comercial com o país e não paga impostos de importação. Todavia, a alta cambial é um grande desafio para a Ford. Esse desafio, aliás, ela irá enfrentar logo mais, quando o Bronco Sport chegar ao país.
Depende também da estratégia que a montadora irá adotar no Brasil. Há três meses, ela anunciou que se tornaria somente uma importadora, sem nenhuma produção nacional.
Dessa forma, está nos planos da marca importar o elétrico Mustang Mach-E, conforme previsão do presidente da Ford na América do Sul, Lyle Watters. O SUV também deverá sofrer com a alta do dólar e chegar por aqui na casa dos R$ 350 mil.