Você está lendo...
Ford quer ser empresa de mobilidade
Tecnologia

Ford quer ser empresa de mobilidade

Marca apresenta na Campus Party projetos de soluções para grandes cidades e inclui Brasil na lista de criadores

03 de fev, 2015 · 7 minutos de leitura.

Publicidade

 Ford quer ser empresa de mobilidade

“Mobilidade urbana não é apenas levar as pessoas de um
ponto ao outro”. A afirmativa do vice-presidente da Ford do Brasil,
Rogelio Golfarb, explica parte do desafio que a marca
se propõe para os próximos anos. A Ford
aproveitou a abertura da Campus Party, evento de tecnologia que ocorre em São
Paulo entre hoje e domingo (8), para mostrar seus planos para o futuro.

A gigante norte-americana incluiu o Brasil em seu programa
global de desenvolvimento de soluções para a mobilidade urbana. Depois de ações
em Lisboa (Portugal), Los Angeles (EUA), Mumbai, Nova Déli e Chennai (Índia),
Shangai e Chongqing (China), Londres (Reino Unido), Johannesburg (África do Sul),
Buenos Aires (Argentina) e Austrália, a iniciativa chega ao Brasil para tentar
solucionar problemas locais, como o
trânsito. O evento na Campus Party faz parte desse projeto.

Publicidade


A marca irá promover um concurso onde desenvolvedores de
software trabalharão para criar um aplicativo para telefones celulares
compatível com a plataforma AppLink dos carros da marca. O aplicativo deverá
ajudar brasileiros a se livrar de congestionamentos nas grandes cidades. A
equipe com o melhor resultado ganhará um Ka e o software fará parte da lista
oficial de sistemas suportados pela Ford.

MUDANÇA

Essas ações fazem parte de uma grande mudança de paradigmas
que a Ford deverá passar nos próximos anos. O de
deixar de ser apenas uma empresa que vende produtos, para se tornar uma
companhia de serviços à mobilidade. Nisso, o automóvel passa de foco principal
a parte integrante de um verdadeiro sistema que integra infra-estrutura urbana,
usuário e veículos dotados de alta tecnologia. Nesse cenário entram não apenas
aplicativos que ajudem os motoristas a encontrarem vagas de estacionamento ou
evitem trânsito pesado, mas também carros autônomos e soluções como
compartilhamento de veículos.


A ideia da Ford é que as pessoas possam usar o carro da
melhor maneira possível e, quando forem usá-lo, consigam usufruir do veículo,
em vez de ficarem presas em um
congestionamento, por exemplo. “A Ford não quer ser apenas uma fabricante de
automóveis, mas também uma empresa de mobilidade, trabalhando com o objetivo de
mudar a forma como o mundo se move e ser um facilitador na solução dos
crescentes desafios de transporte ao redor do mundo”, explica a gerente global
de Pesquisa da Mobilidade no Futuro, Erica Klampfl.

Com esse objetivo, a montadora
trabalha em diversas alternativas, que incluem ideias interessantes, como o
aluguel do próprio carro ou a troca de veículos entre proprietários Ford. Seria
possível, por exemplo, solicitar uma picape grande a uma outra pessoa, em troca
de seu sedã médio, por um fim de semana onde o carro maior seria necessário.

Entre as soluções já apresentadas ao redor do mundo estão
projetos que ajudam indianos a se livrarem das inundações causadas pelas
monções. Os bolsões de água nas estradas são indicados em
um aplicativo, que ainda indica a previsão do tempo e como contornar o
problema. Em Portugal, o aplicativo criado direciona taxistas para áreas com
maior demanda de táxis em determinados horários, facilitando o deslocamento. O
projeto tem experimentos que extrapolam o produto automóvel, mas sempre com a
premissa de facilitar seu uso quando desejado ou necessário.


APPLINK

A Ford ainda aproveitou a
Campus Party para anunciar que o sistema Sync AppLink e o dispositivo que chama
o SAMU, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, em caso de acidentes onde os
airbags são acionados, agora fazem parte do Fiesta.
O equipamento é de série na linha 2015 das versões com motor 1.6 do compacto.
Além dele, os Ka, Ka+, Ecosport e a picape Ranger já traziam o sistema.


Deixe sua opinião