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Gandini fala por que Picanto não viria com ABS
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Gandini fala por que Picanto não viria com ABS

Presidente da Kia do Brasil, José Luiz Gandini falou ao JC o motivo pelo qual o carrinho não seria importado com freios antitravamento. O executivo comentou ainda da possível briga de Picanto e Fiat 500 e de outros modelos da marca coreana

05 de set, 2011 · 6 minutos de leitura.

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 Gandini fala por que Picanto não viria com ABS

Para presidente da Kia, freio ABS não é fundamental em carro urbano (Foto: Soraya Ursine/AE)

NÍCOLAS BORGES

Indaiatuba – Com a costumeira sinceridade, o presidente da Kia do Brasil, José Luiz Gandini, conversou com o JC durante o evento de apresentação da nova geração do Picanto. Ele explicou em detalhes porque só a uma semana da chegada do carro às lojas resolveu que traria versões com freios ABS. Gandini também falou sobre uma possível briga entre o Picanto e o Fiat 500 e de outros modelos da Kia.

A decisão de oferecer freios ABS no Picanto foi tomada em cima da hora. Isso teve a ver com os carros chineses, já que a maioria dos modelos que vêm ao Brasil traz o equipamento?
Não, deixa eu explicar. Nós sempre trouxemos o Picanto com air bag duplo, rodas de liga leve, quatro vidros elétricos, bloqueio central das portas, etc. Agora, para a nova geração, resolvemos trazer também uma versão mais completa. Então colocamos teto solar, air bags laterais e de cortina e LEDs nos faróis e lanternas traseiras. E não incluímos os freios ABS. Porque, sinceramente, eu acho que, para esse tipo de produto, um carro para cidade, é um equipamento dispensável, além de ser caro. Para carro de estrada é maravilhoso, mas para a cidade eu acho meio bobagem. Mas o mercado exigiu. Vocês da imprensa começaram a questionar a falta do ABS. Os consumidores também perguntaram. Posso dizer claramente que a falha foi minha. Eu que não coloquei o item.

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Com a chegada do Fiat 500 a partir de R$ 39,9 mil, ele vai ser um rival para o Picanto, que tem esse mesmo preço inicial, com câmbio automático?
Acho que é um outro tipo de produto. O Fiat é um carro duas-portas, muito pequeno, o banco de trás é praticamente um enfeite. Nós não vamos brigar na mesma faixa. Para uma família aquele carro não serve, o nosso serve. O 500 é para a pessoa quem quer um carrinho descolado, para andar sozinho ou com mais uma pessoa. Aí eu acredito que podemos perder um pouco dos nossos consumidores para ele, mas não o considero um concorrente direto.

Falando de outros modelos, o Soul vai ganhar os câmbios (manual e automático) de seis marchas que o Cerato, com o mesmo motor, tem?
Para já não há previsão. Tem uma reestilizaçãozinha chegando no Soul 2012, quase insignificante, que não muda nada. Tem moldura preta no farol, coisas assim imperceptíveis. Devemos receber o carro em novembro.

E o Cerato hatch, prometido em 2010? Ficou no caminho?
Ficou. Nós acertamos com a Kia de trazê-lo para o Brasil, o carro veio para o Salão do Automóvel, homologamos, está pronto para ser importado. Mas a Kia começou a crescer demais no mundo inteiro e a produção não está aguentando. Para ter o hatch, teríamos de trazer menos do sedã.


Que já está em falta.
Então, para que eu vou lançar um produto e perder volume de outro? Não tem nexo, não justifica. Só por isso ele está suspenso.

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