Está desfeito o plano de cooperação de GM e Honda para o desenvolvimento de carros elétricos acessíveis. Anunciado há quase três anos, o projeto previa investimentos de US$ 5 bilhões. Ou seja, cerca de R$ 25 bilhões, na conversão direta, e tinha, entre outros objetivos, combater o avanço das vendas da Tesla. A base dos novos modelos seria a plataforma Ultium, desenvolvida pela GM.
Em comunicado, as marcas afirmam que “Depois de realizar pesquisas e análises, ambas as partes decidiram encerrar o desenvolvimento (dos carros)”. E complementam explicando que “cada empresa continuará a trabalhar para oferecer modelos acessíveis ao mercado de EVs (veículos elétricos), no entanto, sem colaboração mútua”. Seja como for, a Honda disse que continua com planos de vender só veículos eletrificados até 2040. Assim, deve apresentar uma nova plataforma com previsão de lançamento já no ano que vem.
Valores e greve na GM
A quebra do acordo aconteceu, a princípio, porque a GM prefere, no momento, se concentrar na lucratividade. Afinal, EVs não têm tanta saída para a montadora. Outro agravante é a greve que começou nos Estados Unidos no mês passado e, assim, tem causado prejuízos semanais para a marca.
Isso se deve aos trabalhadores vinculados ao sindicato United Auto Workers (UAW), que estão parados numa tentativa de conseguir aumento de salário. Acredita-se que a paralisação já tenha causado impacto de US$ 9,3 bilhões (mais de R$ 46 bi) para os EUA. Por isso, a montadora norte-americana abandonou, na terça-feira (24), sua perspectiva anterior de lucro para 2023.
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