Foram mais de 91 mil golpes na compra e venda online de veículos no Brasil só em 2023. Os dados têm base em um estudo de mercado realizado pela plataforma OLX. Mesmo tendo ocorrido uma redução de 60% no total de golpes aplicados nessa categoria – comparando 2022 com o ano passado – as fraudes online ainda fazem muitas vítimas. No último ano, as perdas com os golpes tiveram valor estimado de R$ 2,7 bilhões.
Como dá para imaginar, o estado mais populoso do Brasil foi o que mais aplicou golpes. Só São Paulo detém 28% dos casos. Na sequência, vêm Minas Gerais (8%), Rio de Janeiro (7%) e Bahia (6%). Carros são os mais visados pelos fraudadores, representando 64% das fraudes. Depois, vêm as motos, com 31% e, por fim, os caminhões (5% das ocorrências).
“O uso de tecnologia aliada à educação digital do usuário foram fundamentais para termos uma redução tão expressiva no número de golpes de um ano para o outro. O uso de inteligência artificial e aprendizado de máquina são utilizadas de forma cada vez mais precisa e ágil para a prevenção de golpes online. Aliado a isso, quanto mais os brasileiros forem informados sobre os riscos do ambiente online e como se prevenirem, mais efetivo se torna o combate à fraudes”, explica Beatriz Soares, VP de produto da OLX.
Marcas e carros
De acordo com o estudo, a campeã entre as marcas de veículos mais visadas por fraudadores em 2023 foi a Chevrolet, com 26%. A Volkswagen é a segunda (19%) e, na sequência, vêm Fiat (17%), Toyota (8%), Ford (7%), Honda e Hyundai (5%), Renault (3%), Jeep e Nissan, com 1% cada.
Se a Chevrolet teve mais casos, quando o papo pende para os modelos em si, o Gol (o mais comercializado do Brasil, até por conta de sua longa história no País) praticamente lidera o pódio das fraudes. Praticamente, porque o hatch da VW empata com o GM Celta. A princípio, cada um tem 9%. Depois da dupla, vêm Fiat Palio (6%) e Chevrolet Corsa (5%).
Se a Chevrolet teve mais casos, quando o papo pende para os modelos em si, o VW Gol (o automóvel mais comercializado do Brasil, até por conta de sua longa história no País) praticamente lidera o pódio das fraudes. “Praticamente”, porque o hatch da VW empata com o GM Celta. A princípio, cada um tem 9%. Depois da dupla, vêm Fiat Palio (6%) e Chevrolet Corsa (5%).
Ademais, modelos como Fiat Uno e Toyota Corolla também foram alvo. Em síntese, cada um com 4%. Todavia, Toyota Hilux, Chevrolet Onix e Honda Civic têm 3% cada. Por fim, Hyundai HB20, VW Saveiro, Fiat Strada e Ford Ka completam a lista, com 2%.
No total, 53% das fraudes envolveram anúncios desses 13 modelos. Isso, portanto, indica que a preferência dos golpistas está entre os veículos mais populares no mercado.
O que fazer para não cair no golpe?
Negociar diretamente com o proprietário do veículo – ou com quem vai comprar o veículo -, é uma das medidas que devem ser adotadas para se prevenir da ação dos fraudadores. Portanto, evite negociar com terceiros, como parentes, amigos ou revendedores não autorizados.
Marcar uma visita para ver o veículo presencialmente é imprescindível. Seja como for, não feche negócio antes disso e prefira locais públicos e movimentados, como estacionamentos de shoppings e supermercados. De preferência vá ao local combinado acompanhado e durante o dia.
Antes de concluir o negócio, peça uma Vistoria Cautelar em uma empresa credenciada pelo Detran e vá junto com o dono do automóvel. Faça o pagamento apenas em uma conta em nome do proprietário do veículo. No entanto, antes de depositar o valor combinado, verifique os dados direto com o proprietário. Se está vendendo, confirme os dados bancários da conta em que o valor do veículo deve ser depositado. Vendedor e comprador devem ir juntos ao cartório fazer a transferência. Por fim, conclua o pagamento apenas quando a transação for concluída no cartório.
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