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Goodyear lança pneu para carros que tem óleo de soja na composição
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Goodyear lança pneu para carros que tem óleo de soja na composição

Com foco em SUVs e picapes, novo pneu da Goodyear é de uso misto e promete melhor desempenho e consumo de combustível nos carros de passeio

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

21 de mai, 2022 · 4 minutos de leitura.

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Nova linha Wrangler promete maior desempenho tanto no asfalto quanto no off-road
Crédito:

Encontrar soluções sustentáveis se tornou uma missão na indústria automotiva. Mesmo que lentamente, esse processo tem sido moldado pela chegada de carros eletrificados ao Brasil, bem como a utilização de materiais recicláveis. É o caso da Goodyear, que acaba de lançar o Wrangler Workhorse AT, primeiro pneu com óleo de soja na composição.

Feito exclusivamente para equipar picapes e SUVs, a utilização do óleo tem como intuito substituir o petróleo na fabricação. Mas, além de ajudar o meio ambiente, o novo pneu – feito em Americana (SP) – promete melhor performance em relação ao modelo antigo, o Wrangler Armortrac. Dessa forma, a empresa afirma que ele se sobressai em questões de quilometragem, dirigibilidade em piso molhado e uma maior tração para todos os terrenos.

pneu goodyear
Divulgação/Goodyear

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Como é?

De acordo com a marca, o Wrangler Workhorse foi feito para o uso misto. Ou seja, roda tanto no chão pavimentado quanto em terrenos off-road. Para isso, houve melhora na estrutura e no design do modelo, que conta, assim, com blocos mais largos. Segundo a Goodyear, a solução aumenta a vida útil da banda de rodagem.

Além disso, a empresa confirmou que o pneu se adapta rapidamente a diferentes temperaturas. Portanto, oferece melhor desempenho geral. Há ainda cavidades que auxiliam no escoamento da água. Com isso, o pneu promete melhor aderência em pisos molhados.  



“No caso dos pneus para uso misto, concluímos que há uma preferência por um produto que alia alto desempenho em diferentes terrenos a uma aplicação para o dia a dia, em que os veículos servem para tarefas diversas, como trabalho, lazer e viagens”, pontua a gerente sênior de marketing de pneus de passeio da Goodyear, Debora Da Cruz.


Divulgação/Goodyear

Melhora o consumo?

O novo pneu apresenta vantagens e melhorias nos testes feitos pela marca. Segundo a Goodyear, o Workhorse AT tem quilometragem 20% maior em relação ao antigo modelo, bem como 22% a mais de aderência em curvas e 4% nas frenagens em piso molhado. Outro destaque é auxílio no consumo de combustível, 4,6% melhor que o Armortrac.

No total, são mais de 20 medidas disponíveis. Assim, vão desde 15 até 20 polegadas, com 205/70 e até 255/50. Confira a tabela completa aqui.


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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.