TIÃO OLIVEIRA
O governo federal decidiu prorrogar a redução do IPI para veículos zero-km, que deveria terminar na sexta-feira, até o fim do ano. Nesta semana o ministro da Fazenda Guido Mantega vai anunciar a continuidade do benefício até 31 de outubro, mas fontes do setor informam que já está acertado que a renúncia fiscal será mantida até o dia 31 de dezembro.
“As medidas para retomar o crescimento econômico, como a redução das taxas de juros cobradas pelos bancos federais, não surtiram o efeito esperado. A única ação que teve algum êxito foi a redução do IPI dos carros”, afirma uma fonte do setor. De acordo com a mesma fonte, o mérito desse tipo de iniciativa é devolver a confiança ao consumidor.
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“Não houve melhoria no nível dos salários nem outra grande mudança que justifique a volta às concessionárias”, diz.
Ele se refere às altas no número de emplacamentos de novos. Em junho, primeiro mês “cheio” de vendas após o início da vigência do incentivo fiscal, foram vendidos 353 mil veículos no Brasil, incluindo autos, comerciais leves, caminhões e ônibus. A alta foi de 24% em relação a junho.
No mês passado o crescimento foi menor, mas se manteve. Foram 364 mil emplacamentos, ou 3,1% a mais que junho – os números são da Fenabrave, federação que reúne as associações de concessionárias do País.
A expectativa é que em agosto a indústria registre seu melhor mês de vendas da história, com cerca de 400 mil veículos comercializados. O recorde do setor ocorreu em dezembro de 2010, com 381,5 mil unidades.
Considerando apenas automóveis e comerciais leves, foram licenciados até agora cerca de 360 mil unidades. O bom resultado foi garantido pelas promoções feitas pelas montadoras, que apelam para o argumento da proximidade do fim da redução do IPI.
Para lembrar – Em maio o governo deixou de cobrar os 7% de IPI dos carros com motor até 1.0. Para os com propulsor acima de 1-litro até 2.0, o imposto baixou de 11% para 5,5% e para os utilitários-esportivos, de 4% para 1%.
