Os planos para tornar o carro-chefe de vendas da GWM, o Haval H6, um produto nacionalizado, seguem a todo vapor. Entretanto, uma das condições para que esse feito se tornasse possível era ter um volume de vendas significativo o suficiente, para justificar a produção do modelo na planta de Iracemápolis (SP). Em apresentação feita no último dia 5, a montadora revelou que está conversando com fornecedores nacionais, cotando peças para poder tomar a decisão definitiva.
Segundo Oswaldo Ramos, CCO da GWM no Brasil, as vendas do Haval H6 superaram as expectativas. Além disso, a matriz vê o Brasil como prioridade em seus pedidos. Contudo, a marca comemorou recentemente o faturamento de 5.100 unidades acumuladas desde abril, mesmo com os concessionários começando suas operações. Em efeito comparativo, o H6, em agosto, vendeu mais que o Toyota Corolla Hybrid, por exemplo. Os números são de 1.452 unidades para o Haval, e 1.021 unidades para o Corolla.
A marca acelerou a abertura de suas lojas, e até o final do ano, serão 50 concessionárias totalmente operacionais, e mais 32 lojas em shoppings como pontos de venda oficiais, por exemplo. Além disso, a marca abrirá 37 centros de distribuição locais, que ficarão responsáveis por receber os modelos vindos do porto de Vitória (ES), e os direcionarão para os concessionários. O faturamento dos modelos é feito diretamente pela GWM para o cliente.
O bom ritmo de vendas empolga, e o executivo comentou que, apesar dos planos para a nacionalização do Haval H6, isso só acontecerá após o lançamento de outros dois produtos da GWM: a picape da Poer e o SUV derivado da marca Tank. Segundo o cronograma original, um dos dois começará a ser feito em maio, e o outro em agosto. A fabricante ainda estava decidindo qual seria a ordem.
GMW Haval H6 flex depende da produção nacional
Assim, a expectativa é que o Haval H6 nacional só aconteça no final de 2024, se o processo for acelerado. A produção nacional do modelo surtiria mais um efeito benéfico ao modelo, uma vez que, segundo o executivo da marca, cada modelo nacionalizado passa por estudos para receber etanol, por exemplo. Nesse caso, se o modelo for mesmo feito localmente, receberá um motor 1.5 turboflex. No entanto, a mudança só será feita em caso de produção no país, e não se estenderá caso o modelo continue sendo importado.
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