Na guerra entre os SUVs compactos, o Honda WR-V, criado no Brasil, durou pouco, deixando o mercado em poucos anos de carreira. Entretanto, no Japão, o modelo ganhou uma segunda geração, movida por um motor aspirado de 1,5 litros, enquanto o HR-V, mais caro, concentra suas vendas nas versões turbo.
O modelo em questão é o Elevate, lançado na Ásia como um SUV do City. Segundo a revista Best Car, o nome “WR-V” foi sugestão do público, uma vez que a marca não conseguia decidir internamente. Além disso, o fato do nome estar alinhado com a linha de SUVs da marca.
Assim, o WR-V mede 4,32 metros de comprimento, 1,65 metro de largura, 1,79 metro de altura e 2,65 metros de entre-eixos. As medidas posicionam o modelo como 60 mm mais alto e com entre-eixos 40 mm maior que o HR-V japonês, entretanto, é 5 mm mais curto, por exemplo.
Entretanto, a mídia japonesa questiona qual será o posicionamento do novo modelo no mercado local. A semelhança nas medidas exigiu um esforço por parte da Honda para diferenciar os modelos. Um destes exemplos é direcionamento do público, onde, por exemplo, o HR-V atrai um público mais urbano, por conta de seu desenho mais urbano e futurista, com ares de SUV cupê. Já o WR-V, no entanto, apresenta visual mais conservador, robusto, para outro nicho de compradores.
Conjunto mecânico do Honda WR-V é o 1.5 aspirado
A Honda não fala em números de desempenho e potência, mas acredita-se que o WR-V utilize o mesmo 1.5 aspirado do City asiático. O conjunto gera 122 cv e 14,8 mkgf de torque, mais potente que a versão aspirada do HR-V, básica. Com a chegada do novo modelo ao mercado, é possível que apenas as versões eletrificadas do SUV continuem em linha.
Se o conjunto mecânico do WR-V não é avançado, o preço pode ser sua principal arma. Com preços entre 2,1 milhões e 2,5 milhões (R$ 67.460 a R$ 80.310), o modelo é mais barato que o irmão HR-V híbrido, que custa entre 2,78 milhões e 3,42 milhões (R$ 89.300 a R$ 109.858).
Apesar da revelação do modelo, seus principais itens de série não foram revelados. Contudo, pelas fotos é possível ver uma central multimídia flutuante, câmbio automático, ar digital, e mais. Se for equipado tal como o modelo asiático, itens como conectividade com Android Auto e Apple CarPlay, câmera de ré, carregamento de celular sem fio e outros podem aparecer. Além disso, o sistema ADAS da marca, o Honda Sensing, estará presente.
Ainda é cedo para dizer se o modelo virá ao Brasil, mas algumas informações podem alimentar a ideia. O modelo teve o desenho registrado no INPI, e existe um espaço entre o Honda City sedã e o HR-V básico, que pode acabar preenchido pelo modelo. Entretanto, nenhum desses dois fatos é uma garantia sólida.
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