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Hyundai Creta Limited Safety: versão mais segura tem preço convidativo
Avaliação

Hyundai Creta Limited Safety: versão mais segura tem preço convidativo

Lançada em agosto do ano passado, configuração Creta Limited Safety tem novos equipamentos de segurança por R$ 1.500 a mais

Thais Villaça, Especial para o Jornal do Carro

27 de fev, 2024 · 11 minutos de leitura.

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Hyundai Creta Limited Safety
Hyundai Creta Limited Safety é uma das versões com melhor custo-benefício da linha do SUV
Crédito:WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO

Em 2023, o Hyundai Creta fechou o ano na terceira colocação nas vendas do segmento de SUVs. Já em janeiro, desbancou Volkswagen T-Cross e Chevrolet Tracker para se tornar líder da categoria. E deve se manter nesse patamar em fevereiro, conforme os números preliminares da Fenabrave. Mesmo que tenha sido em um mês que o mercado como um todo registrou queda significativa em relação a dezembro, isso não tira os méritos do modelo da marca coreana. Afinal, a Hyundai lançou novos pacotes em agosto do ano passado que tornaram seu bom custo-benefício ainda mais vantajoso.



Com o sobrenome Safety adicionado às versões tradicionais Limited e Platinum, o SUV ganhou uma série de equipamentos de segurança por R$ 1.500 a mais no preço. Assim, ambas somam à lista alerta de colisão com frenagem automática, assistente de centralização de faixas, farol alto adaptativo e detector de fadiga. Ou seja, não é um valor tão significativo para deixar o carro – e seus ocupantes, principalmente – mas seguros.

Desse modo, por menos de R$ 150 mil, você pode levar o Creta Limited Safety para a garagem. Ou exatos R$ 147.890. Em relação aos principais rivais, o mais próximo em termos de valor é o Tracker Midnight (R$ 148.490), que só tem alerta de frenagem de emergência, por exemplo. Já o T-Cross Comfortline tem frenagem de emergência e detector de fadiga, além de alguns itens não disponíveis no Creta, como ACC e painel de instrumentos digital de 10,25”. Contudo, custa mais de R$ 13 mil a mais: R$ 160.990.

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Hyundai Creta Limited Safety
WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO

Espaço, equipamentos e design do Creta

Nesse contexto, quem procura um SUV na faixa de R$ 150 mil vê o Creta com bons olhos, e essa versão mais equipada salta aos olhos pela lista de equipamentos recheada e tecnológica. Além de todas as conhecidas características já consagradas do veículo, como o bom espaço interno e o acabamento superior em relação à maioria dos rivais nessa média de preço.

Em termos de medidas, o Creta tem 4,30 metros de comprimento, 1,79 m de largura, 1,62 m de altura e um bom entre-eixos de 2,61 m. Ou seja, há um espaço razoável para os passageiros do banco de trás, considerando sua categoria, ainda que seja menor que o T-Cross, com 2,65 m na distância entre os eixos. Há ainda saídas de ar e entrada USB atrás. Já o porta-malas é um dos maiores do segmento, com 422 litros.


Independentemente do pacote Safety desta versão, com os equipamentos de segurança citados, a Limited já trazia uma lista de itens de série bem recheada. Entre os destaques estão direção elétrica progressiva, ar-condicionado automático digital, seis airbags, carregador de celular por indução, câmera de ré com linhas dinâmicas, chave presencial, partida por botão e rodas de liga leve de 17”. A central multimídia tem tela de 8” com conexão sem fio para Apple CarPlay e Android Auto e há controles de áudio no volante. Como pontos a serem melhorados, há luzes diurnas de LED, mas os faróis são halógenos. Além disso, o painel de instrumentos é parcialmente digital com tela de 3,5” e os bancos são de tecido.

Por fim, o design “ame ou odeie” do Creta é exatamente o mesmo. Ou quase, na verdade. A única diferença da versão é que as maçanetas são pintadas na cor da carroceria, e não cromadas como na Limited.

Hyundai Creta Limited Safety
WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO

Como é rodar com o SUV

Assim como outras versões, a Limited Safety traz o motor 1.0 turboflex de três cilindros que rende 120 cv de potência e 17,5 mkgf de torque. O câmbio é automático de seis marchas com tração dianteira. Quando comparado ao Tracker Midnight e ao T-Cross Comfortline – seguindo os parâmetros de preços -, os conjuntos se assemelham, já que ambos também recebem motor 1.0 turbo e câmbio automático de seis marchas, com números aproximados de desempenho. 

De acordo com dados da Hyundai, o modelo chega aos 100 km/h em 11,5 segundos e atinge velocidade máxima de 180 km/h. Já o consumo divulgado pelo Inmetro é de 8,3 km/l na cidade e 8,7 km/l na estrada com etanol, e de 11,6 km/l e 12 km/l, respectivamente, com gasolina. Nada fora da curva.

A grande diferença está na dirigibilidade. O Creta é um carro corretíssimo na direção, confortável e com suspensão equilibrada, focada no conforto. Há uma certa morosidade nas saídas por ser um veículo mais pesadão, com seus 1.270 kg (mais que os rivais, por exemplo). Algo que em ultrapassagens pode ser amenizado se o motorista fizer as trocas de marcha por meio das borboletas atrás do volante. 


Entretanto, falta um certo tempero. E nem estamos falando aqui de toques de esportividade, já que em alguns modelos com modo de condução Sport só seguram mais as mudanças de marchas e gastam mais combustível. Mas talvez uma suspensão mais firme e uma direção mais direta poderiam beneficiar o SUV em um contexto geral. No conjunto da obra, contudo, o Creta é uma ótima compra e vale a pena ter um exemplar na garagem. Por tantos atributos, a coroa como líder de vendas na categoria é merecida. 

Hyundai Creta
Hyundai/Divulgação

Planos futuros

Ainda vai levar um tempinho para a chegada do novo Creta no Brasil, mas já sabemos como o visual vai ficar. Afinal, o SUV reestilizado foi lançado na Índia no mês passado. E se o design do modelo atual causou polêmica à época do lançamento, o carro de cara nova tem um estilo mais harmônico, com capacidade de agradar um público ainda maior.


Inspirado no Palisade, a frente ganhou um visual mais parrudo, com grade mais retilínea que traz as luzes diurnas de LEDs em formato de L nas extremidades. Logo abaixo, estão os faróis, também de LEDs, além de uma enorme entrada de ar. A polêmica traseira recebeu um formato mais simples e quadrado, com menos elementos. As lanternas bipartidas deram lugar a um conjunto mais simples, interligado por uma barra iluminada que atravessa toda a tampa do porta-malas.

O interior também foi totalmente renovado. No painel, uma única moldura engloba o quadro de instrumentos (agora totalmente digital) e uma central multimídia de 10,25″. O acabamento, por sua vez, ficou mais refinado. A previsão é de que o SUV com esse novo visual chegue ao mercado brasileiro em 2025. Inclusive, o modelo já foi flagrado em testes por aqui. Talvez ele traga o temperinho que falta ao Creta.


Prós

  • Custo-benefício da versão com novos itens de segurança, bom espaço interno e acabamento

Contras

  • Desempenho é correto, mas falta tempero, visual polêmico tem estilo “ame ou odeie”

Ficha técnica

Hyundai Creta Limited Safety


  • Preço: R$ 147.890
  • Motor: 1.0, turboflex, 3 cilindros em linha, 998 cm3
  • Potência: 120 cv (etanol e gasolina)
  • Torque: 17,5 mkgf (etanol e gasolina)
  • Câmbio: Automático, 6 marchas; tração dianteira
  • Peso: 1.270 kg
  • Comprimento: 4,30 m
  • Altura: 1,62 m
  • Largura: 1,79 m
  • Entre-eixos: 2,61 m
  • Porta-malas: 422 litros
  • Consumo cidade/estrada: 8,3 km/l/8,7 km/l (etanol); 11,6 km/l/12 km/l (gasolina)
  • Suspensão: Independente, McPherson (D); eixo de torção (T)

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.