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SUVs: Hyundai Creta e Nissan Kicks têm início de ano arrasador
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SUVs: Hyundai Creta e Nissan Kicks têm início de ano arrasador

Hyundai Creta se mantém como o mais vendido do ranking entre os SUVs na primeira quinzena de fevereiro; Tracker decepciona

Vagner Aquino, especial para o Estadão

16 de fev, 2024 · 6 minutos de leitura.

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SUVs
Creta vendeu 126 unidades a mais que o Kicks até o momento e situação pode se reverter
Crédito:Vagner Aquino/Especial para o Estadão

Foi assim em janeiro e, pelo visto, se repetirá em fevereiro. O Hyundai Creta, de acordo com números preliminares da Fenabrave, mais uma vez aparece na primeira posição do ranking de SUVs mais vendidos do mercado. É o que apontam os dados registrados nesta sexta-feira (16). No total, o exemplar da marca sul-coreana vendeu 2.043 unidades. No ranking geral, no entanto, é o sexto colocado (veja lista abaixo).



  • 1º) Fiat Strada: 3.143 unidades
  • 2º) Volkswagen Polo: 2.652
  • 3º) Fiat Argo: 2.587
  • 4º) Hyundai HB20: 2.344
  • 5º) Renault Kwid: 2.277
  • 6º) Hyundai Creta: 2.043
  • 7º) Chevrolet Onix: 2.026
  • 8º) Nissan Kicks: 1.917
  • 9º) Volkswagen Saveiro: 1.779
  • 10º) Jeep Compass: 1.731
  • 11º) Volkswagen T-Cross: 1.642
  • 12º) Fiat Fastback: 1.591
  • 13º) Chevrolet Tracker: 1.566
  • 14º) Chevrolet Onix Plus: 1.522
  • 15º) Toyota Hilux: 1.441
  • 16º) Fiat Mobi: 1.401
  • 17º) Jeep Renegade: 1.400
  • 18º) Toyota Corolla Cross: 1.398
  • 19º) Honda HR-V: 1.356
  • 20º) Volkswagen Nivus: 1.337

Em síntese, o modelo ficou a frente do rival Nissan Kicks, que surpreende com tais números. São 1.917 unidades emplacadas até o momento. Isso significa que rivais de peso como Volkswagen T-Cross e Chevrolet Tracker (os SUVs mais vendidos de 2023) estão ficando para trás neste mês de fevereiro.

SUVs
Diogo de Oliveira/Estadão

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A situação, no entanto, pode mudar. Afinal, no Brasil, é agora (depois do Carnaval) que o ano começa para valer. Sem contar que a redução de dias úteis do mês também é responsável pela baixa das vendas deste segundo mês do ano. Ou seja, é só a partir da segunda quinzena que o mercado voltará a andar nos trilhos e, assim, poderemos dar uma previsão mais concreta sobre as vendas de carros novos no País.

Jeep Compass no top ten

No meio desse bolo está o Jeep Compass. Posiciona-se no décimo posto do ranking geral. Desse modo, a marca norte-americana pode ficar mais tranquila, sem o fantasma do Toyota Corolla Cross (18º) por perto. O exemplar da marca japonesa, aliás, fechou o mês passado com apenas 500 unidades a menos que o rival, chegando até mesmo a ultrapassá-lo em alguns momentos.

Jeep/Divulgação
Compass é líder dos SUVs médios (Jeep/Divulgação)

Kwid é surpresa…

Na comparação entre o fechamento do mês passado e a prévia de fevereiro, o Renault Kwid é o principal destaque. Caso a situação se mantivesse até o dia 29 (o que é difícil em se tratando do mercado de veículos zero-km), o hatch compacto se posicionaria como o principal protagonista do ranking, afinal, subiu nada menos que 14 posições em 15 dias. O modelo, que fechou janeiro com 3.069 unidades e a 19ª posição do ranking de automóveis e comerciais leves, hoje, aparece em quinto lugar.

Renault/Divulgação
Renault Kwid cresceu 14 posições (Renault/Divulgação)

No entanto, isso deve mudar. Afinal, a estratégia da Renault de baixar o preço do Kwid E-Tech em R$ 50 mil (hoje, custa R$ 99.990) e posicionar seu preço apenas R$ 20 mil acima da versão a combustão, deve empurrar parte da clientela para o modelo movido a baterias. Por outro lado, nem todo mundo que consome carro de entrada está preparado para virar a chave e colocar um modelo elétrico na garagem. Além de mudança de comportamento, possuir carro elétrico exige gasto extra – some aí o valor do carro em si e o investimento em um wallbox. Afinal, não dá para depender da rede de recarga no Brasil, ainda precária apesar dos esforços de algumas montadoras e redes de postos de combustíveis.


Vagner Aquino/Jornal do Carro
Chevrolet Tracker aparece como um dos SUVs menos vendidos (Vagner Aquino/Jornal do Carro)

…e Tracker decepciona

Voltando à prévia do ranking de fevereiro, o Chevrolet Tracker aparece como uma das decepções do mês. O SUV compacto já caiu seis posições no ranking geral do fechamento de janeiro até agora – de sétimo para 13º. A princípio, Toyota Hilux, Fiat Mobi e Volkswagen Nivus também passam por essa situação. Respectivamente, caíram sete, oito e seis posições. A Fiat Toro, sequer aparece entre os 20 mais vendidos da primeira quinzena. Sorte do Honda HR-V, que subiu para 19º.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.