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Lucid Gravity: novo SUV elétrico que alcança 700 km é desafio para Tesla
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Lucid Gravity: novo SUV elétrico que alcança 700 km é desafio para Tesla

A marca Lucid anuncia outro modelo além do sedã Air: o Gravity; autonomia superior a 700 km, desempenho e capacidade de reboque são destaques

Rodrigo Tavares, especial para o Jornal do Carro

19 de nov, 2023 · 4 minutos de leitura.

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Gravity é nova aposta da americana Lucid para o mundo dos SUVs elétricos
Crédito:Lucid/Divulgação

Após sacudir o mercado de elétricos com o Air, primeiro modelo da marca Lucid, a demanda moderna exige pelo menos um SUV na linha, e para essa função chega o modelo Gravity. O visual meio cupê meio hatch médio abriga sete lugares, e fez sua primeira aparição pública durante o Salão de Los Angeles.

Um dos destaques do modelo é a pouca concorrência — o mercado de SUVs elétricos de sete lugares é pequeno, com o Mercedes-Benz EQS, Rivian R1S e Kia EV9 disputando o páreo, apenas. Aproveitando-se desse fato, a Lucid, se conseguir contornar os problemas tidos com o sedã Air, pode movimentar o mercado.



O Gravity promete uma autonomia elétrica de 440 milhas, o equivalente a 708 km de alcance. As apostas são altas, entretanto, o modelo não supera o modelo Air Grand Tourer, com autonomia para 830 km. Além disso, existe a possibilidade que modelos mais baratos, e com menos autonomia, apareçam futuramente.

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Desempenho e capacidade de reboque são destaques no Lucid Gravity

Lucid/Divulgação

O Gravity virá equipado com uma bateria de 112 kWh, a mesma disponível para a versão de mais autonomia do Air, mas menor que demais opções do mercado, como o GMC Hummer, e sua bateria de 200 kWh. A Lucid garante que o modelo vai além de apenas um “SUV baseado no Air”, e tem características esportivas próprias. Assim, o modelo faz de 0 a 100 em 3,5 segundos, com carga útil de 680 kg e capacidade de reboque de 2,7 toneladas.

Um sistema de recarga de 900v ajuda a recarregar 322 km de autonomia em 15 minutos, se recarregado em um carregador rápido DC de 350 kW. Tais números fazem do Gravity um dos elétricos de carregamento mais rápido do mercado, por exemplo. Números de dimensões não foram disponibilizados, masa Lucid afirma que há 3.171 litros de espaço total para carga.


Lucid/Divulgação

Por dentro, o motorista é recebido por uma enorme tela OLED de 34 polegadas, que se estende por quase todo o painel. Além disso, os bancos da segunda e terceira fileira são rebatíveis, permitindo criar um assoalho plano. Por fim, o modelo terá preço inicial de $80.000, R$ 391.480 na conversão direta. Entretanto, é importante afirmar que não se sabe se o valor corresponde à versão topo de linha, com o máximo de autonomia, por exemplo.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”