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Mitsubishi lança novo Eclipse Cross reestilizado no Brasil; veja os preços
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Mitsubishi lança novo Eclipse Cross reestilizado no Brasil; veja os preços

Eclipse Cross renova o visual após quatro anos no Brasil, traz o estilo mais moderno da Mitsubishi Motors e mantém motor 1.5 turbo de 165 cv

Eugênio Augusto Brito, Especial para o Jornal do Carro

23 de mar, 2022 · 15 minutos de leitura.

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Mitsubishi Eclipse Cross
Mitsubishi Eclipse Cross é reestilizado no Brasil e ganha tecnologias semiautônomas
Crédito:Mitsubishi Motors/Divulgação

O novo Mitsubishi Eclipse Cross enfim recebe no Brasil a reestilização feita no fim de 2020 no exterior. O SUV com estilo de cupê traz o visual mais moderno da marca dos três diamantes, com faróis fininhos e iluminação Full LEDs. Na traseira, abandona o controverso vidro bipartido na tampa, e exibe lanternas que sobem pelas colunas, como no Honda CR-V.

Lá fora, o Eclipse Cross ganhou uma inédita versão híbrida plug-in recarregável em tomadas, mas, aqui no Brasil, o utilitário não terá essa opção por enquanto. Sob o capô, o SUV mantém o motor 1.5 turbo a gasolina com duplo sistema de injeção (direta e indireta). Ele gera 165 cv de potência e um torque de 25,5 mkgf disponível logo a 2.000 rpm.

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Da mesma forma, o conjunto preserva o câmbio automático do tipo CVT que simula oito marchas. A tração é dianteira nas versões de base, e integral na topo de linha. Além da renovação no visual, o novo Eclipse Cross chega com as tecnologias semiautônomas. Tem frenagem automática de emergência e controle de cruzeiro adaptativo (ACC), por exemplo.

Feito na fábrica da HPE Automotores em Catalão (GO), o Eclipse Cross 2023 chega em quatro versões de acabamento. Veja os preços sugeridos:

  • GLS – R$ 186.990
  • HPE – R$ 201.990
  • HPE-S – R$ 221.990
  • HPE-S S-AWC – R$ 232.990

Por estes valores e pelas características, o SUV da marca japonesa concorre com modelos como Jeep Compass, Volkswagen Taos, Toyota Corolla Cross e Caoa Chery Tiggo 7 Pro, entre outros. Na comparação com o líder de vendas Compass (a partir de R$ 166.825), tem preços maiores. Mas, por não ter motor a diesel, sai mais em conta na opção topo de linha.




O que o novo Eclipse Cross traz

No Brasil, o novo Eclipse Cross será o primeiro modelo a exibir a nova linguagem visual da Mitsubishi Motors. Ela estreou no conceito Vision Ralliart Concept, no final de 2021. O protótipo, aliás, pode ser conferido no novo GranTurismo, do Playstation.

Mitsubishi Eclipse Cross
Mitsubishi Motors/Divulgação

Na vida real, isso quer dizer que o novo Eclipse Cross traz a linguagem de design “Dynamic Shield Evolution”, marcada sobretudo pela grade frontal tridimensional, com mini-trapézios esculpidos nas barras horizontais na cor preta (brilhante nas versões de topo). A grade é totalmente integrada aos novos faróis Full LEDs, conectada às luzes diurnas (DRL).


Assim, os faróis principais ficam agora mais abaixo, no nicho em forma de bumerangue nas laterais. Os canhões de luz são halógenos na versão de entrada GLS, passando a LEDs nas demais configurações. Na base do para-choques, um skidplate (que é replicado na traseira) dá um ar mais robusto e off-road ao Eclipse Cross, sendo preto (GLS), prata (versões intermediárias) ou na cor da carroceria (HPE-S S-AWC). Em breve, essa identidade será aplicada ao restante do portfólio Mitsubishi.

Mais equipamentos

Ainda no visual, destacam-se as rodas de liga leve com belo desenho e aro 18. Elas calçam pneus 225/55 da linha Pirelli Scorpion desenvolvidos exclusivamente para o Eclipse Cross, com sulcos maiores e banda de rodagem mais larga. Assim, permite maior conforto de rodagem, menor consumo e emissões, bem como alguma capacidade off-road.

Mitsubishi Motors/Divulgação

Por dentro, a cabine tem revestimento de couro na cor cinza Arctic para bancos, portas e porta-objetos, além do couro preto tradicional. Volante e painel frontal seguem com peças macias ao toque. Nas versões HPE-S, os bancos trazem ajuste elétrico e aquecimento, o que vai agradar clientes de estados mais ao sul do Brasil. Mas até pela vocação desbravadora da marca Mitsubishi, refrigeração dos bancos também seria bem-vinda.

Além disso, os bancos traseiros são reclináveis em oito posições (de 16 a 32 graus). Completam o pacote estético sete cores de carroceria: cinza Londrino, prata Lítio, prata Cool, azul Baikal, vermelho Lucid, branco Fuji e preto Onix (as duas últimas perolizadas).

Mitsubishi Eclipse Cross
Mitsubishi Motors/Divulgação

Traseira é toda nova

A despeito da dianteira bem mais moderna e envolvente, o que chama a atenção no estilo é a nova traseira. No lançamento do Eclipse Cross, em 2018, o vidro bipartido na tampa não agradou como esperado. Pois, agora, a tampa foi remodelada e adotou lanternas mais tradicionais, assim como apenas uma folha de vidro. Dessa forma, lembra o CR-V.

Curvatura da traseira também mudou, mas a Mitsubishi Motors não revela o volume do porta-malas. A marca afirma que o compartimento cresceu 14%, num ganho de assoalho de 113 milímetros combinado com o espaço extra na porção superior. Porém, em números, ele diminuiu. Antes eram 473 litros, e agora são 451 litros de volume.

No exterior, a medição SAE aponta capacidade para 656 litros, mas é difícil dizer porque isso não foi mantido para o carro nacional. Apenas para comparar, VW Taos tem excelentes 498 litros, enquanto o Corolla Cross recebe 470 litros e o irmão maior, RAV4, entrega 580 litros. Novas medidas poderiam colocar o Eclipse Cross à frente neste quesito.


As novas medidas também influenciam, junto aos novos para-choques, no tamanho total do SUV, ainda que o entre-eixos de 2,67 metros não mude. São 4,54 metros de ponta a ponta (14 cm a mais). Novos balanços dianteiro (30 mm) e traseiro (105 mm) melhoram as credenciais fora-de-estrada, sobretudo o acesso em rampas e garagens íngremes.

Mitsubishi Motors/Divulgação

Tecnologia e conforto a bordo

As dimensões também favorecem os adultos que viajam no banco traseiro. Além da modulação do encosto, os apoios de cabeça são novos, móveis e com amplo curso. Já entre os equipamentos, o SUV tem ar-condicionado de duas zonas, chave inteligente, partida por botão, Head-up Display, freio de estacionamento eletrônico e sensor de pressão dos pneus.


Destaque para a central multimídia da JBL, com som premium e tela de 7″. Ela não é grande e poderia estar mais bem disposta. O seu estilo faz pensar que foi comprada à parte e adaptada ao painel. Mas o funcionamento é primoroso, com respostas rápidas entre telas e comandos, além de integração com Android Auto e Apple Carplay.

Há ainda mapas offline da TomTom, em um aceno aos clientes mais “desbravadores”. A eletrônica atual, por fim, reforça a segurança, com assistente de rampa e controles de tração e de estabilidade que atuam no torque em curvas e no equilíbrio da carroceria e até de reboques. Tem ainda câmera de ré, sensor de ponto cego, aviso de saída de faixa, faróis automáticos, alerta de tráfego traseiro e reconhecimento de pedestres.

Mitsubishi Eclipse Cross
Mitsubishi Motors/Divulgação

Sistema conta batidas

O novo Eclipse Cross tem um dispositivo de prevenção de aceleração involuntária. Ele monitora quando o carro está estacionado próximo a obstáculos a até quatro metros e funciona a partir da primeira aceleração até velocidades de 10km/h. Se notar algo ou alguém, o sistema corta o torque do motor por até 5 segundos. Depois, avisa o condutor com alerta na tela para que pare de acelerar ou confirme que quer mesmo seguir.

Além disso, o ACC ativo tem modo para engarrafamento (traffic jam assist, típico de modelos alemães de luxo). Ele fica ativo até os 30 km/h e acompanha o fluxo. Assim, pode evitar possíveis batidas em baixa velocidade. Da mesma forma, também amplia o conforto para que o motorista não precise acelerar e frear nestas condições.

Segundo a Mitsubishi, é possível usar este modo do ACC em trilhas, por exemplo, onde é necessário seguir um líder. Por fim, o sistema de tração S-AWC da versão mais cara tem acoplamento eletromagnético para distribuição do torque e controles dinâmicos de aceleração e frenagem. Tem ainda direção para pisos escorregadios (neve), com terreno menos compactado (Cascalho) ou situações gerais (Auto).


Dessa forma, a Mitsubishi Motors promete alto nível de dirigibilidade. A marca frisa que a capacidade mecânica, com ajuste de direção mais direta e precisa, dá mais segurança estrutural ao modelo. Além disso, tem suspensão calibrada e construída exclusivamente para o Brasil, com mais resistência e rigidez, conforme explica o engenheiro da HPE, Fabio Maggion.

Mitsubishi Eclipse Cross
Mitsubishi Motors/Divulgação

Pronto para o futuro?

Neste momento, Jornal do Carro participou de apresentação estática do novo Eclipse Cross. Por isso, os ganhos só poderão ser notados em um futuro test drive. Mas, segundo a Mitsubishi, apesar do motor 1.5 turbo continuar a beber apenas a gasolina, sua calibração permite que o Eclipse se adeque até mesmo aos padrões de emissão e consumo não só do atual Proconve L7, mas também da fase L8, que começa em 2025.


Isso, no entanto, é uma forma de atenuar o fato de que o Eclipse Cross tem menos potência e torque que a maioria dos rivais. Contudo, o SUV feito em Goiás tem o maior tanque da categoria (63 litros), o que garante autonomia que pode superar os 750 km. É algo que faz sentido para quem viaja mais, ou está preocupado com os altos preços dos combustíveis.

Tem assinatura

Outro ponto no qual a Mitsubishi afirma que o novo Eclipse evoluiu é na forma de comercialização. Além da habitual venda com opções de financiamento, a japonesa aposta na assinatura. Neste caso, as parcelas mensais incluem seguro, documentação, IPVA e revisões, em planos de 12, 24 ou 36 meses. Todo o trâmite é feito em parceria com o banco Itaú, com crédito que pode ser revertido em revisões gratuitas. Ou descontos de até R$ 20 mil em serviços de pós-venda.


Segundo a diretora de marketing da Mitsubishi Motors, Letícia Oliveira, as novas formas de negociação já respondem por 20% dos emplacamentos da marca, com clientes mais tradicionais, mas também “quem procura novas formas de uso e enxerga carros, mesmo com apelo mais aventureiro, como serviço, como estilo, e não tem a necessidade de posse”.

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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.