Enquanto o Brasil aguarda o lançamento do Kicks e-Power, a Nissan lançou, na China, o segundo modelo da linha híbrida da marca. Tal como o SUV compacto, o novo Sentra usa um motor elétrico para tracionar as rodas, e tem outro motor pequeno, a gasolina, que serve como gerador para alimentar as baterias e o conjunto elétrico. Assim, o sedã médio – chamado de Sylphy no mercado chinês – entrega consumo de 25,15 km/l e alcança 1.200 km com o tanque cheio.
O Sentra e-Power, em síntese, tem motor 1.2 aspirado de três cilindros e 72 cv. Apesar do número baixo, a potência é suficiente para alimentar o motor elétrico de 100 kW (136 cv). O torque é de 30,5 mkgf. Com o conjunto, o sedã vai de zero a 100 km/h em 8,6 segundos.
Esses números devem ser diferentes caso o modelo chegue ao Brasil. Aqui, terá alimentação flexível. Logo, números de potência e torque serão maiores. Por outro lado, o consumo também será maior – como é praxe com o combustível vegetal.
Esteticamente, o Nissan Sylphy e-Power é igual ao modelo “normal” com motor 2.0 a gasolina de 147 cv. Ou seja, o novo Sentra exibe a nova identidade visual da marca, com linhas mais angulosas e dianteira mais baixa, dentro do conceito V-Motion. Além disso, tem rodas diferenciadas, teto da cor da carroceria e, na traseira, o e-Power na tampa do porta-malas.
Sentra e-Power no Brasil?
Especulações apontam que o Sentra híbrido deverá vir ao Brasil importado do México. A Nissan cogita lançar a tecnologia e-Power no País desde 2021. Entretanto, o lançamento vem sendo postergado desde então. Mas, no fim de agosto do ano passado, a Nissan confirmou que vai trazer o sistema híbrido para a América do Sul em 2023.
“Não vou dizer em qual país e qual modelo virá. Apenas que chega em 2023”, disse, na ocasião, Ricardo Flammini, vice-presidente de marketing, vendas e pós-vendas da Nissan América do Sul. No entanto, tudo leva a crer que a estreia será com o Kicks, já em versão flex. O SUV híbrido pode, inclusive, ter fabricação no Brasil.
Além disso, a Nissan vem investindo no desenvolvimento de uma célula a combustível a etanol. O sistema, chamado de SOFC, gera hidrogênio a partir do combustível vegetal. A solução foi apresentada nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. De acordo com a montadora, as pesquisas continuam a todo vapor. Uma coisa é certa: a Nissan investirá em modelos eletrificados. É o caminho natural para quem quer zerar as emissões de carbono.