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Novo Nissan Sentra chega em 15 de janeiro com preço de Honda HR-V
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Novo Nissan Sentra chega em 15 de janeiro com preço de Honda HR-V

Segundo concessionários da Nissan, sedã médio virá importado do México para o Brasil em três versões com preços entre R$ 143.490 e R$ 179.890

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

07 de dez, 2022 · 6 minutos de leitura.

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Nissan
Nissan Sentra deve chegar ao Brasil nas versões Sense, Advance e Exclusive
Crédito:Vagner Aquino/Jornal do Carro

Há alguns meses, a Nissan confirmou o lançamento do novo Sentra no Brasil, mas sem confirmar a data da estreia. Na ocasião, a japonesa afirmou que o concorrente de Toyota Corolla e Chevrolet Cruze chegará ao País no primeiro semestre de 2023. Pois o sedã médio voltará em breve ao mercado nacional após um hiato de dois anos. O modelo virá novamente importado do México, onde tem produção em Aguascalientes. A pré-venda terá início em 15 de janeiro.

Nissan
Vagner Aquino/Jornal do Carro

A informação foi publicada pelo site Motor1, que recebeu material de um leitor. Aparentemente, documentos de concessionários que revelam diversos detalhes sobre o lançamento do sedã. Ao Jornal do Carro, algumas revendas consultadas confirmaram a informação. “Temos informações de que o novo Sentra chegará em meados de janeiro de 2023”, detalhou, então, o representante de um dos estabelecimentos procurados pela redação do JC.

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Versões

Conforme o material obtido pelo Motor1, a Nissan vai lançar o novo Sentra em três versões de acabamento. São elas: Sense, Advance e Exclusive, com preços de R$ 143.490, R$ 153.590 e R$ 179.890, respectivamente. Os valores são bastante parecidos com os do novo Honda HR-V. O SUV compacto da marca rival – conforme a tabela de dezembro disponibilizada pela marca – tem preços de R$ 143.900 (EX 1.5 flex) a R$ 184.500 (Touring 1.5 turbo).

Vagner Aquino/Jornal do Carro

Pré-venda na versão de topo

Uma concessionária da Nissan procurada pelo Jornal do Carro afirma que não há informações oficiais a respeito do novo Sentra. De acordo com o representante, que não vamos identificar, “o que sei de informações não oficiais é que o carro será vendido na categoria topo de linha, de início”. Ou seja, os mais caros devem chegar primeiro ao País.


Isso confirma as informações publicadas pelo Motor1. Afinal, a publicação apurou que a pré-venda começa com as versões Advance e Exclusive. “Os documentos mostram que a Nissan teria separado cerca de 650 unidades do Sentra mais caro e aproximadamente 450 da variante Advance para faturamento antecipado”, conta a reportagem.

O que diz a Nissan?

Para ouvir o outro lado da história, entramos em contato com a Nissan do Brasil. A fabricante informou, em nota, que “a Nissan não comenta sobre lançamentos futuros”. Dessa forma, a única informação oficial passada pela fabricante à rede é que a chegada do carro é certa.



Conteúdo

A princípio, os materiais enviados detalham o novo Sentra por completo. Já chamado de 2024, o sedã virá repleto de conteúdos desde a configuração de entrada. A lista tem ar-condicionado, rodas de liga leve com 16″, assistente de partida em rampas, LEDs de iluminação diurna, banco do motorista com ajuste de altura, computador de bordo com tela TFT de 7″ e central multimídia com tela de 8″ e conexão com Android Auto e Apple CarPlay. Ademais, terá câmera de ré, sensores de obstáculos dianteiros e traseiros, seis airbags e controle de cruzeiro.


Nissan
Nissan/Divulgação

Na configuração intermediária Advance, acrescenta-se itens como rodas de 17″, comando automático para o ar-condicionado (de duas zonas), revestimento de couro nos bancos e no volante, ajuste elétrico para o assento do motorista e frenagem automática de emergência com alerta de colisão. Por fim, a opção topo da linha Exclusive adiciona retrovisores externos com aquecimento e rebatimento, controle de cruzeiro adaptativo, navegador por GPS e teto solar. A lista têm ainda câmera 360°, monitor de ponto cego, alerta de tráfego cruzado traseiro e assistente de permanência em faixa.

Nissan/Divulgação

Motorização

Tal como antecipamos no Jornal do Carro, o Sentra terá a mesma opção mecânica disponível no México. Ou seja, o sedã médio terá o motor 2.0 16V a gasolina com 20 mkgf de torque máximo, o câmbio automático CVT e a tração dianteira. Entretanto, para cumprir as leis de emissões, a potência baixará de 147 cv para 140 cv.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”