Você está lendo...
Nissan Versa 2024 chega repaginado e com mais tecnologia; veja preços
Lançamentos

Nissan Versa 2024 chega repaginado e com mais tecnologia; veja preços

Versa recebe facelift e agrega itens como alerta de colisão frontal e assistente de frenagem em toda a linha, além de tela de 8" no modelo de topo; parte de 105.190

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

22 de jun, 2023 · 7 minutos de leitura.

Publicidade

Versa
Nissan Versa e Kicks 2024 sofrem reajuste nos preços
Crédito:Nissan/Divulgação

Com mais de 200 mil unidades vendidas ao longo de sua carreira no Brasil (apareceu por aqui em sua terceira geração, em 2011), o Nissan Versa acaba de chegar à linha 2024. A ideia é aumentar a participação da marca no País no segmento B de sedãs (sedãs compactos). Mas a fabricante não especifica estimativa de números. O modelo, produzido no México, chega à rede de concessionárias no Brasil – 190 pontos, no total -, nesta quinta-feira (22) e os preços partem de R$ 105.190.



Apesar das semelhanças com o Sentra, fica difícil não roubar clientes do irmão. Mas, de acordo com Maurício Greco, diretor de marketing da Nissan do Brasil, isso não é problema, afinal, “Não rouba vendas, cria vendas! Por exemplo, o cliente pode gostar do Versa, ir na concessionária e levar o Sentra, porque quer um motor maior, uma oferta de itens mais vasta. Acho positivo gerar essa dúvida no consumidor, principalmente, se eles se sentirem atendidos por ambos os modelos”.

Facelift

Além de mais tecnologia e itens extras de conforto, o Nissan Versa 2024 tem como maior destaque o design renovado. Na verdade, um facelift na comparação com a versão anterior. A grade, por exemplo, é nova e ostenta o novo logotipo da Nissan. Tem novos faróis full LEDs e o para-choque também foi redesenhado.

Publicidade


Versa
Sedã tem 2,62 m de entre-eixos (Nissan/Divulgação)

Nas laterais, novas rodas de 15″ a 17″, dependendo da versão. Por fim, na parte de trás, as lanternas não sofreram alterações. As cores da carroceria foram mantidas, mas há uma novidade: Cinza Lunar, totalizando oito tons.

Versa
Lanternas não mudaram (Nissan/Divulgação)

Com o mesmo espaço entre-eixos de 2,62 metros, o Nissan Versa continua batendo na tecla do espaço como principal chamariz. É tanto que seu porta-malas de 482 litros é um dos principais destaques. Mas, por dentro, como novidades, vem com dois tipos de interior (com detalhes acinzentados ou azuis), acabamento melhorado e central multimídia maior, de 8″, na configuração mais cara – a mesma do Kicks. Os bancos agora têm tecnologia Gravidade Zero, para mais conforto.

Tecnologia extra

Em termos de tecnologia, as novidades ficam por conta do alerta de colisão frontal e do assistente inteligente de frenagem de série para toda a linha. Na versão de topo, tem os alertas de tráfego cruzado traseiro e de atenção do motorista. O ar-condicionado digital também é novidade na configuração mais cara do Versa.

Versa
Versão topo de linha tem tela central de 8″ (Nissan/Divulgação)

No mais, o modelo vem com itens como sistema de partida em rampa e monitoramento de ponto cego. A partir da intermediária configuração Advance, tem visão 360º e detector de objetos em movimento. Entretanto, o piloto automático adaptativo fica para quem comprar o Sentra.

Por fim, o Versa tem volante com regulagem de altura e profundidade, acionamento do motor por botão, retrovisores externos e vidros com acionamento elétrico e, nas versões de entrada e intermediária, tela multimídia de 7″ com Apple Car Play e Android Auto (com fio). Agora, o interior tem quatro entradas USB (três do tipo C e uma do tipo A). Por fim, carregador de celular por indução com luz indicadora no painel a partir da versão intermediária.

Motorização não muda

A mecânica do Nissan Versa se manteve inalterada. Continua sem oferta de câmbio manual – retirado recentemente. O conjunto é formado, então, pelo motor 1.6 16V que trabalha em conjunto com o câmbio Xtronic CVT. Em dados, tem 113 cv de potência máxima e torque de 15,3 mkgf a 4.000 rpm (números com etanol no tanque).


Motor 1.6 e câmbio CVT são mantidos na linha 2024 (Nissan/Divulgação)

Preços:

  • Sense: R$ 105.190
  • Advance: R$ 114.290
  • Exclusive: R$ 126.590

Vale lembrar que o Versa não entra na lista de descontos da Medida Provisória do governo. E a explicação é simples: vem importado do México. Isso, portanto, não atende aos requisitos estipulados pelo decreto do “carro popular”.

O concorrente de modelos como Toyota Yaris Sedan, Honda City Sedan e Chevrolet Onix Plus não é disponível no Brasil na versão SR, vendida no México. Por ora não está cogitada sua chegada por aqui, mas “tudo há possibilidade”, afirma Greco.


O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se
Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”