A General Motors confirmou que a nova geração da Chevrolet Montana poderá receber atualizações remotas pelo ar (“over the air”). Com a novidade, a futura picape rival da Fiat Toro será o primeiro veículo nacional a ter o recurso, que poderá receber correções e aprimoramentos de software pela internet, não só na multimídia, mas para outros sistemas.
A princípio, a atualização funciona como nos smartphones, notebooks e demais aparelhos eletrônicos conectados. Ou seja, a partir da conexão Wi-Fi e, no caso dos carros, dispensa a ida ao concessionário para realização do procedimento.
Telas no painel
Embora essa seja uma inovação para a categoria, bem como para o mercado brasileiro, outro ponto chamou a atenção no material de divulgação da GM. O material evidenciou que a Montana – que vem passando por testes em pista – terá “nova central multimídia, que já nascerá como uma extensão do painel de instrumentos”.
Desse modo, leva-se a crer que o painel da nova Montana será igual ou muito parecido com o do novo Tracker RS. A versão surgiu na China com duas telas integradas de 10,25″ no topo do painel. Uma exibe o quadro de instrumentos, a outra é a central multimídia. Solução vista em carros da Mercedes-Benz, por exemplo, e, mais recentemente, no BMW Série 3. Nesse sentido, espera-se que a novidade chegue também ao Tracker feito no Brasil.
No mais, ao prometer melhor aproveitamento de espaço interno, a GM deu mais pistas. A citação leva a crer que a picape terá, ainda, o novo console central e o freio de estacionamento eletrônico. Tais itens fazem parte da cabine do Tracker RS.
Testes
Com base na plataforma de Chevrolet Onix, Onix Plus e Tracker, a nova Chevrolet Montana tem estreia prevista para o início de 2023. Para isso, a GM afirma que os trabalhos em Indaiatuba (SP), assim como na fábrica de São Caetano do Sul (SP), estão a todo vapor.
Na fase final – no Campo de Provas da Cruz Alta (CPCA) – a picape realiza os mais diversos testes, que vão desde dinâmica veicular e análise de emissões até a pista. São 17 diferentes opções, no total. O local tem área equivalente a 1.360 campos de futebol. Desse modo, trata-se da maior estrutura para testes do Hemisfério Sul do planeta. Lá, em seis meses, é possível simular o desgaste que um automóvel sofreria em 15 anos de trânsito. O equivalente a 240 mil km.
Em síntese, todos os resultados passam por análise e são aplicados como melhoria contínua para o produto. O trabalho atende pelo nome de calibração. Todos os carros de testes são inutilizados. Para se ter ideia, no último ano, o CPCA reciclou quase 300 protótipos e 35 toneladas de pneus.
Motor e equipamentos em segredo
Conforme da adiantamos, a motorização da Montana é guardada a sete chaves pela GM. Assim, especula-se as mais variadas litragens, que vão de 1.0 turbo flex (116 cv) a 1.5 turbo a gasolina (184 cv). Entretanto, a mecânica mais provável é o motor 1.2 turbo de até 133 cv e 21,4 mkgf de torque, disponível nas versões de topo do SUV Tracker.
Lista de itens de série é outra incógnita. Entretanto, acredita-se que a Montana venha com alertas de colisão frontal – com frenagem automática de emergência – e de ponto cego, além de assistente de permanência em faixa, que faz correções no volante.
Falta pouco para saber. Afinal, o modelo tem estreia prevista para o início de 2023, com produção das primeiras unidades ainda neste ano. Por ora, os trabalhos seguem em andamento e o próximo passo é ver cada vez mais unidades de testes nas ruas, além de teasers.