Que brasileiro é apaixonado por carros, não é segredo. Mas agora essa afirmação tem como base dados técnicos. De acordo com levantamento feito pela consultoria Bain & Company, um em cada dez brasileiros recomenda uma marca de carro devido a uma ligação emocional.
Ou seja, os donos se referem aos veículos como “objeto dos sonhos”, investimento de uma vida inteira e símbolo de status. Além disso, identificam-se com uma fabricante específica. Fora os brasileiros, os mexicanos também têm uma relação mais emocional com o automóvel.
O estudo foi feito com a NPS Prism, ferramenta que avaliou a experiência dos clientes. Dessa forma, mostra que as montadoras mais bem avaliadas no Brasil e no México têm NPS 23 pontos mais alto que nos EUA, Canadá e China. Além disso, a confiança na marca também é mais relevante para brasileiros e mexicanos. Mas, em todas as regiões, fatores como custo-benefício e segurança se destacam como prioridades para os consumidores.
Na pesquisa com os proprietários de veículos de diversas marcas, a nota registrada no Brasil foi de 92 pontos. Em seguida aparece o México, com 91 pontos. Já os proprietários de veículos nos Estados Unidos ficaram com 81 pontos, enquanto os chineses (72) pontos e os canadenses (66) demonstraram menos “apego” com o carro. Entre os principais fatores que influenciaram o resultado no Brasil, estão, por exemplo, a dificuldade de compra de um veículo, que só perde para a compra de um imóvel.
Sustentabilidade não é decisiva para brasileiros
Apesar de ter crescido, a sustentabilidade como critério de escolha na compra do carro ainda não é um dos pontos principais para os clientes. Entretanto, donos de carros de luxo dão mais importância a esse fator que proprietários de modelos populares. No Brasil, isso é ainda mais relevante. Entre todos os países pesquisados, a diferença aqui foi de 17 pontos percentuais, a maior de todo o levantamento.
“Essa discrepância reflete a necessidade de políticas de incentivo que permitam que veículos sustentáveis sejam acessíveis a todos os públicos. Assim, cada vez mais brasileiros poderão aliar sua paixão por automóveis a uma postura mais amigável com o meio ambiente”, diz Carlos Libera, sócio da Bain & Company.
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