Em pré-venda no Brasil desde abril, o Renault Kwid E-Tech começa a chegar às lojas da marca nesta segunda-feira (5). O hatch movido a baterias esgotou rapidamente todo o primeiro lote de 750 unidades. Assim, desembarca agora mais caro, com preço sugerido de R$ 146.990 – antes, custava R$ 142.990. Com o reajuste, perdeu o posto de “carro elétrico mais barato do País” para o Caoa Chery iCar, que chegou ao País em junho com tabela de R$ 144.990.
Seja como for, o preço ainda é pouco convidativo, principalmente para um carro de entrada, que custa menos da metade em versões nacionais com motor flex. Para ter desempenho próximo ao do Kwid flexível de três cilindros e 71 cv, a versão E-Tech recebeu adaptações. Ela usa um motor elétrico de 65 cv de potência. Mas apesar da potência menor, o torque é maior e alcança 11,5 mkgf entregues de imediato, ante os 10 mkgf do motor térmico com etanol.
Com esse conjunto, o Kwid elétrico é mais rápido que o flex. A aceleração de zero a 50 km/h, por exemplo, leva cerca de 4,1 segundos, de acordo com os dados oficiais da montadora. Já a velocidade máxima é limitada a 130 km/h na condução normal.
Quase 300 km de autonomia
Sob o capô, o Kwid E-Tech conta com um pacote de baterias de 26,8 kWh que pesa cerca de 200 kg. Quando totalmente carregado, tem autonomia de 298 km em ciclo urbano e 265 km no misto, segundo o Inmetro. O JC, inclusive, testou recentemente o hatch na cidade. No geral, ele entrega respostas ágeis e é confortável na direção. O destaque, no entanto, é o silêncio da cabine e a condução leve, já que o modelo pesa cerca de 1 tonelada.
Importante mencionar que, com o modo Eco acionado, o hatch não passa muito dos 90 km/h, para ampliar a autonomia das baterias. Além disso, há um sistema de frenagem regenerativa, que recupera energia conforme o condutor vai desacelerando. Vale mencionar o câmbio que, pela primeira vez, é automático no Kwid.
Para “abastecer”, o hatch possui um carregador para tomadas comuns, de 110V ou 220V. Entretanto, o tempo de recarga em fontes de 220V chega a ser de cerca de 10 horas. Ou seja, o ideal é ter o carregador de parede (Wallbox) em corrente alternada. Nele, de acordo com a Renault, é possível encher até 80% das baterias em menos de 3 horas. Já em pontos de recarga rápida, dá para repor 190 km de autonomia em 40 minutos.
Renault On Demand
A Renault também disponibiliza o Kwid E-Tech na plataforma de assinatura Renault On Demand. Os planos podem ser feitos em 12, 24, 36 e 48 meses, com quilometragens entre 1.000, 2.000 e 3.000 km/mensais. A mensalidade incluí revisões preventivas, gestão de documentos e taxas relacionadas ao veículo, como IPVA e licenciamento, além de seguro.
Caso o cliente opte por um plano de 48 meses e 1.000 km, por exemplo, a mensalidade fica em R$ 3.339. No pacote, estão inclusos serviços como manutenções e revisões, seguro, assistência 24 horas e todos os documentos, como o IPVA, gerenciados pela plataforma.
Anúncio de outros modelos elétricos?
A Renault aproveita o lançamento do Kwid elétrico para confirmar a vinda ao Brasil de outros modelos movidos por baterias. É o caso do novo Mégane elétrico, que ressurgiu recentemente na Europa com estilo de SUV.
Por aqui, o novo Mégane elétrico poderá entregar 220 cv e 30,6 mkgf de torque. Acredita-se que a versão que virá ao Brasil seja a topo de linha Iconic. Nela, a bateria de 60 kWh tem capacidade de gerar até 470 km de autonomia. Segundo a Renault, o Mégane e-Tech chega aos 100 km/h em 7,5 segundos. A velocidade máxima alcança 160 km/h (limitada).