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Repasse do IPI deve ser de 15%
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Repasse do IPI deve ser de 15%

Parte do aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) anunciado na semana passada pelo governo (leia mais ao lado) será absorvido pelas importadoras. O reajuste no preço final dos veículos deve ficar entre 10% e 15%, segundo fontes

21 de set, 2011 · 3 minutos de leitura.

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 Repasse do IPI deve ser de 15%

(Fotos: Márcio Fernandes/AE)

Parte do aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) anunciado na semana passada pelo governo (leia mais ao lado) será absorvido pelas importadoras. O reajuste no preço final dos veículos deve ficar entre 10% e 15%, segundo fontes ligadas às empresas. A alta será menor, portanto, do que a estimativa feita pelo ministro da Fazenda Guido Mantega, de que os preços subiriam até 28%.

Segundo as mesmas fontes, o presidente da JAC, Sergio Habib, tem falado com os chineses para renegociar os preços dos carros da marca no País. José Luiz Gandini, presidente da Kia e da Abeiva (que reúne as importadoras) também está em contato com a matriz na Coreia do Sul.

Entre as alemãs, a BMW deverá aumentar preços e alterar estratégias de lançamentos, mas por enquanto não há nada definido. A decisão, que depende da matriz alemã, deve sair em cerca de dez dias, afirmou uma fonte na empresa.
Ao menos por enquanto, a Audi não vai alterar o cronograma de lançamentos. “Vamos em frente”, disse o presidente da empresa, Paulo Kakinoff. Para 2012, está mantido o plano de ter pelo menos 15 novidades, entre elas Q3. O próximo a chegar, no fim deste mês, é o A6, que custaria R$ 290 mil. Esse valor terá de ser revisto.

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Em levantamento feito pelo JT na segunda-feira, vários carros importados estavam sendo vendidos com aumento no preço. Isso apesar de as importadoras terem garantido a manutenção dos valores até o fim dos estoques. A razão foi a grande procura durante o fim de semana. A alta era pequena, de, em média, R$ 2 mil em relação aos preços antigos.

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”