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Saiba usar os freios ABS do veículo
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Saiba usar os freios ABS do veículo

Sistema evita que as rodas travem, mantendo o carro sob controle

25 de fev, 2015 · 4 minutos de leitura.

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 Saiba usar os freios ABS do veículo
Mercedes-Benz Classe S foi primeiro carro de produção a ter freios com ABS nos anos 1970

Freios com sistema antitravamento, mais conhecidos como ABS, vêm em todos os carros novos vendidos no País desde janeiro de 2014. O sistema mantém o veículo sob controle mesmo em frenagens de emergência. Mas nem todo mundo sabe usá-lo – como o pedal “vibra” quando o dispositivo entra em ação, muitos se assustam e tiram o pé do pedal, reduzindo a eficiência.

O ABS funciona aliviando a pressão aplicada nas pinças de freio quando “percebe”, por meio de sensores, a iminência de travamento. O sistema injeta e corta o envio de fluido várias vezes por segundo, como numa sequência de pulsos.

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Isso causa uma forte trepidação no pedal, que indica que o ABS entrou em ação. “Nunca se deve tirar o pé do pedal, sob pena de o antitravamento não ser acionado e comprometer a parada de emergência”, explica o supervisor de serviços da Ford, Reinaldo Nascimbeni.

O ABS também ajuda a manter o controle em frenagens bruscas pois, se as rodas travarem, o carro tenderá, por exemplo, a seguir reto em uma curva mesmo que o volante esteja esterçado. Com as rodas girando, o motorista conseguirá desviar de obstáculos a frente.

O ABS não requer nenhum tipo de cuidado especial. Mas, se a luz de advertência se acender no painel, é sinal que há algum defeito no sistema. “O carro não ficará sem freios, mas será preciso levá-lo à oficina”, afirma Nascimbeni.


OBRIGATÓRIO PARA MOTOS EM 2016

Os freios ABS serão obrigatórios também nas motos com motor de 300 cm3 ou mais vendidas no Brasil a partir de 2016. A implantação será gradativa até 2019, quando 100% das motocicletas oferecidas no País deverão ter algum sistema de assistência à frenagem.

Abaixo de 300 cm3, os modelos deverão ser equipadas com freios combinados, o CBS. Motocicleta mais vendida do Brasil, a CG 150 Titan, da Honda, tem o recurso.


COMO FUNCIONA

Nas motos, o ABS funciona da mesma forma que nos carros. A vantagem sobre duas rodas é que o dispositivo é capaz de impedir quedas, além, obviamente, de acidentes graves.

Já o CBS distribui automaticamente a força de frenagem entre os dois eixos, a exemplo do sistema de auxílio ao ABS dos carros, o EBD. O recurso é eficiente ao rodar sobre pisos escorregadios, por exemplo.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”