Você está lendo...
Seguradoras americanas poderão devolver valor de apólice de carros sem uso
Notícias

Seguradoras americanas poderão devolver valor de apólice de carros sem uso

Restrições à circulação de veículos em vários estados americanos fizeram seguradoras devolverem parte do valor das apólices

Redação

09 de abr, 2020 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

seguradoras
Restrições à circulação forçaram americanos a deixar seus carros parados
Crédito:Christinne Muschi/Reuters
seguradoras

Algumas seguradoras americanas deverão devolver o valor pago pelas apólices para seus segurados por causa da pandemia do novo coronavírus. O dinheiro será devolvido em função da falta de uso dos carros, que estão parados por causa das restrições à circulação de pessoas em vários estados americanos.

INSCREVA-SE NO CANAL DO JORNAL DO CARRO NO YOUTUBE

Estima-se que mais de US$ 600 milhões deverão voltar aos bolsos de cerca de 18 milhões de segurados que estão com seus carros presos em garagens espalhadas pelo país. No entanto, a devolução não será integral. A seguradora Allstate deverá retornar cerca de 15% do valor pago pelas apólices para os meses de abril e maio.

Publicidade




A devolução será via estorno no cartão de crédito usado para o pagamento, ou como crédito para serviços contratados futuramente. O levantamento feito pela Allstate em cerca de 23 milhões de carros mostrou que os veículos têm rodado entre 35% e 50% a menos durante o período da pandemia.

Mudança de comportamento

A análise também revelou mudanças no comportamento dos motoristas que ainda usam o carro durante a quarentena. Com as ruas e estradas mais vazias, eles tendem a dirigir mais rápido, o que aumenta o risco de acidentes.

Outras seguradoras também deverão devolver alguma quantia para os segurados que não têm usado seus carros. Algumas darão desconto de cerca de US$ 50 (R$ 400) e outras poderão abater até 25% do valor da apólice.


Tudo igual

No Brasil, por enquanto, nenhuma seguradora deverá conceder algum desconto ou benefício extra para os segurados “presos” durante a quarentena. Procuradas, seguradoras e corretoras afirmaram que por enquanto manterão as coberturas contratadas, mas não deverão ressarcir os segurados que não usarem seus carros durante as restrições à circulação.

Outras opções

A Comissão de Automóvel da Federação Nacional de Seguros Gerais explica que cada seguradora tem suas políticas de bônus e preços. Os segurados podem receber uma melhoria em suas classes por terem ocorrido menos problemas durante o período do carro parado. A suspensão da apólice só poderá ser feita quando o seguro tiver cobertura intermitente.

Segundo a Fenseg, não há previsão de descontos em períodos em que o carro não é usado. No entanto, as seguradoras poderão analisar casos para ajudar os clientes, principalmente os que estiverem em dificuldades financeiras causadas pela pandemia.


Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.