Diogo de Oliveira, Especial para o Estado

14/01/2021 - 6 minutos de leitura.

Sem carros nacionais, Ford vai despencar no ranking de vendas das marcas

Sem os carros nacionais de maior volume, a Ford precisará acelerar os lançamentos para conter debandada de clientes já em 2021

Cliente que optar pelo EcoSport precisa solicitar proposta no site da Ford Crédito: FORD/DIVULGAÇÃO

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A Ford tem uma história centenária no Brasil e é uma das marcas mais conhecidas dos brasileiros. Contudo, após decidir encerrar a produção de carros no país, a montadora agora se prepara para uma mudança radical em seu portfólio de produtos — e na imagem da marca.

A ausência da linha Ka e do SUV Ecosport, que tiveram a produção imediatamente encerrada na fábrica de Camaçari, na Bahia, vai reduzir drasticamente o tamanho da Ford no país já em 2021. É o que mostram, portanto, os números de 2020.

Ford/Divulgação
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Nacionais respondem por 85% das vendas

No ano passado, a Ford emplacou 139.225 veículos no Brasil, segundo dados da Fenabrave, a federação nacional das concessionárias. Dessa forma, foi a 5ª colocada entre as marcas, com 7,14% de participação de mercado.

Ocorre que 118.525 unidades — que representam 85% do total acumulado — são veículos nacionais. Assim, a montadora pode terminar 2021 com cerca de 30 mil a 40 mil carros, a depender dos lançamentos que fará.

O campeão de vendas da Ford em 2020 foi Ka hatch, com 67.446 unidades. O segundo com maior saída foi o Ka sedã, que somou 25.747 licenciamentos, terminando o ano como um dos mais emplacados da categoria.


Outrora sucesso de vendas, o Ecosport se despediu de forma melancólica. Foi só o 3º mais vendido da marca no ano com 24.031 unidades, desempenho ruim diante do avanço dos SUVs.

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Gama reduzida

Sem Ka e Ecosport, a Ford terá de agir rápido para conter uma debandada de clientes órfãos da marca. Quando acabarem os estoques dos modelos nacionais, o que deve acontecer até março, as revendas da marca, que ainda são muitas, terão poucos modelos a oferecer.


Os showrooms terão basicamente a picape Ranger, além do SUV Territory, que vem importado da China. Afora esses, seguem no site da marca o SUV Edge ST e o esportivo Mustang na versão Black Shadow. A Ranger, portanto, passa a ser o Ford mais barato, a partir de R$ 154.090.

Ford/Divulgação

Ao menos quatro lançamentos

Para mostrar ao público que não está deixando totalmente o país, o site brasileiro da Ford traz a aba “próximos lançamentos”. Na seção, há quatro novidades confirmadas para o Brasil: a nova geração da van Transit, a Ranger Black, o SUV elétrico Mustang Mach 1 e o SUV 4×4 Bronco.


Os quatro modelos, portanto, vão estrear neste ano, com destaque para o Bronco, que promete vir do México por preços competitivos, sem pagar taxa de importação. O SUV tem design carismático ao estilo do Jeep Renegade, contudo é próximo do Compass em tamanho.

Da mesma forma, a marca tem outros planos para se reaproximar do consumidor brasileiro. Um deles é a picape Maverick, feita sobre a plataforma do Bronco para brigar com a Fiat Toro. Especula-se que o Brasil pode ser o primeiro país a receber a inédita picape média-compacta.

Entretanto, mesmo que os lançamentos funcionem, a Ford vai ter de encarar uma nova realidade no Brasil. Assim, a marca que já formou o grupo das “quatro grandes” no país, com Fiat, General Motors e Volkswagen, vai despencar em volume, participação e popularidade.


Ranking das marcas

Veja abaixo como ficou a disputa por marcas em 2020:

1º) GM — 338.549 unidades (17,35%)
2º) Volkswagen — 327.683 unidades (16,80%)
3º) Fiat — 321.836 unidades (16,50%)
4º) Hyundai — 167.443 unidades (8,58%)
5º) Ford — 139.255 unidades (7,14%)
6º) Toyota — 137.876 unidades (7,07%)
7º) Renault —131.624 unidades (6,75%)
8º) Jeep — 110.159 unidades (5,65%)
9º) Honda — 84.122 unidades (4,31%)
10º) Nissan — 61.005 unidades (3,13%)
11º) Caoa Chery — 20.089 unidades (1,03%)
12º) Mitsubishi — 17.317 unidades (0,89%)
13º) Peugeot — 13.477 unidades (0,69%)
14º) Citroën — 13.476 unidades (0,69%)
15º) BMW 12.429 unidades (0,64%)

*Números referentes ao acumulado, então, de janeiro e dezembro de 2020; Entre parênteses, a respectiva participação de mercado de cada marca. Os dados são da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos).



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