Em época de eletrificação, onde a indústria automotiva precisa oferecer opções de veículos com menor nível de emissões de poluentes e consumo, o Jornal do Carro decidiu falar das marcas que já estão próximas de lançar modelos com sistema híbrido flex no Brasil. Na Stellantis, por exemplo, haverá vários níveis de eletrificação (híbrida, híbrida leve, híbrida plug-in e 100% elétrico). No geral, os SUVs devem liderar esse mercado. Além do novo Peugeot 2008 (cotado para ser um dos primeiros híbridos flex do grupo) o Jeep Renegade com tal solução também deve estrear em 2024. Ademais, HR-V, Kicks, T-Cross, Taos e Yaris Cross também são apostas.
Possivelmente, todos esses modelos devem estrear suas tecnologias no segundo semestre do ano, já como linha 2025. As vendas talvez fiquem para o ano seguinte, 2025. Tudo vai depender do mercado. Por enquanto, de concreto, sabe-se que vão crescer os números de SUVs com motor turbo, com Citroën C3 Aircross, Peugeot 2008 e Renault Kardian, por exemplo. Mas isso é tema para outro conteúdo. Confira (abaixo) alguns híbridos flex que devem estrear no mercado nacional.
Volkswagen
No ano passado, a Volkswagen inaugurou centro de pesquisa e desenvolvimento na fábrica da Anchieta, no ABC paulista. Isso, a princípio – para dar base à meta em ser neutra em carbono até 2050 -, permite a criação do sistema híbrido flex para modelos compactos nacionais – como o T-Cross. No mês passado, todavia, tudo ficou mais concreto, quando o Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Ibaté confirmou o investimento da VW para o início da produção do motor 1.5 TSI EVO2 híbrido flex, substituindo o 1.4 TSI atual. Com 150 cv e 25,5 mkgf pode ser combinado com sistemas híbridos (leve ou plug-in). O sistema pode estrear no SUV Taos e, depois, se espalhar para outros modelos.
Dotado de outro tipo de tecnologia, o Nissan Kicks e-Power é outra promessa que não deve demorar a chegar no Brasil. Já esperada há algum tempo, a mecânica tem sistema elétrico que leva um motor gerador a etanol. Ficou conhecido como e-Power. De acordo com a Nissan, funciona como um carro elétrico. Entretanto, utiliza um pequeno motor a combustão (1.2 litro de três cilindros aspirado a gasolina com 79 cv que não traciona as rodas) que trabalha exclusivamente para alimentar o propulsor zero emissão. Já disponível no México, o sistema (que tem 134 cv de potência e 28,5 mkgf) deve chegar junto com a nova geração do Kicks, prometida para o ano que vem
Jeep já confirmou hibridização
Com tanta demora em oferecer sistemas híbridos flex fabricados nacionalmente, a Jeep poderia passar na frente e oferecer Renegade 4xe, importado da Europa. Entretanto, a Stellantis disse, em outubro, que alguns de seus carros ganharão o sistema que conta com motor a combustão + elétrico. Ainda sem mais detalhes, especulações já conseguem adiantar alguns possíveis modelos a receber os conjuntos. Na linha Jeep, a princípio, o Renegade seria um forte candidato ao conjunto MHEV – com a bateria de 48V aliada a um motor de 1.3 litro turboflex. Já o Commander ficaria com a opção híbrida plug-in (PHEV), que une um elétrico recarregável em tomadas e o mesmo 1.3 turboflex – como no Compass 4xe.
2008
Renovado visualmente e com produção argentina, o novo Peugeot 2008 chegará ao Brasil com opção de motor híbrido leve. Pelo menos é o que se espera. Previsto para estrear em 2024, o modelo vai combinar um motor a gasolina (a engenharia da Stellantis vai trabalhar no conjunto e torna-lo flexível) acoplado a um pequeno propulsor elétrico que a empresa afirma gerar torque extra em baixas rotações. A ideia consiste em reduzir em até 15% o consumo de combustível. O conjunto é acoplado a um câmbio automatizado de dupla embreagem e seis marchas.
Japonesas
O Honda HR-V híbrido estreou na Tailândia em 2021. Com sobrenome e:HEV, une o motor 1.5 a gasolina de 105 cv a um propulsor elétrico. Na ocasião, a Honda alegou que o SUV tinha consumo de 25,6 km/l. No modelo europeu, onde também já está à venda, a média cai para 18,5 km/l. No Brasil, entretanto, a tecnologia deve ganhar alimentação flex. Assim, o número de consumo pode cair ainda mais por conta do uso de etanol. No HR-V e:HEV, o motor de ciclo Atkinson e o elétrico duplo têm força combinada de 131 cv e 25,8 mkgf. A transmissão, contudo, é automática CVT. Assim, vai de 0 a 100 km/h em 10,6 segundos.
Outra japonesa que está de olho em um segundo capítulo dessa história é a Toyota. Já com Corolla e Corolla Cross no portfólio, a marca vai crescer a oferta de híbridos flex. Agora, no entanto, o responsável será o Yaris Cross. O modelo, que vai disputar vendas com Chevrolet Tracker, Honda HR-V, VW T-Cross e companhia vai estrear o novo conjunto que une motor 1.5 e outro elétrico, no entanto, será mais simples e barato que o disponível na dupla de irmãos.
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