A Tesla é uma da das marcas de carros elétricos que mais investem no desenvolvimento de baterias. Afinal, entre as principais preocupações dos donos desse tipo de veículo estão o tempo necessário para recarga e a durabilidade. Afinal, o sistema representa em torno de 50% do valor do carro. Além disso, a garantia desses itens é de, em média, oito anos. Portanto, estudo recente feito pela Tesla pode acender a luz amarela para muita gente.
Conforme o relatório da Tesla, após o carro rodar 200 mil milhas, ou cerca de 320 mil km, as baterias têm uma importante perda de capacidade. Ou seja, em torno de 12%. De acordo também com o estudo, a idade é outro fator importante para calcular o processo de degradação.
Em síntese, carros com baixa quilometragem e utilizados de forma pouco frequente têm desgaste da bateria associado à idade. Já nos veículos de uso intenso, o desgaste está relacionado à frequente recarga. Sobretudo se isso for feito em pontos de alta voltagem. Ou seja, em recarregadores rápidos.
Porém, o documento não aponta modelos de carros e sistemas de baterias específicos. Seja como for, um gráfico (abaixo) refere-se aos Tesla Model S e Model X. Isso porque os dois têm maior quilometragem que os Model 3 e Y. Desse modo, a Tesla informa que conseguiu obter mais precisão no levantamento.
Controvérsia
A própria Tesla informa que tais valores são dinâmicos. Ou seja, os resultados dependem de diversos fatores. Entre eles está a temperatura ambiente e o número de recargas rápidas realizadas. Desse modo, utilizando o valor de referência de 12% de perda, ou 88% de retenção, a perda de capacidade de recarga é de, em média, 1% a cada 27 mil km rodados.
Durabilidade variável
Em síntese, o estudo revela um cenário bastante positivo para os veículos elétricos de modo geral. Afinal, os resultados mostram que a durabilidade das baterias é relativamente longa. Por exemplo, no Brasil, o processo de degradação intenso só começaria após 16 anos de uso do carro. Afinal, os brasileiros rodam, em média, 20 mil km por ano.