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Tesla Model S roda 1,7 milhão de km e entra para Guinness Book
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Tesla Model S roda 1,7 milhão de km e entra para Guinness Book

Alemão dono do Tesla recordista diz que carro teve trocados oito motores e três baterias e que pretende chegar à marca de 2 milhões de km

Rodrigo Tavares, Especial para o Jornal do Carro

17 de abr, 2023 · 4 minutos de leitura.

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Modelo elétrico passou por múltiplos motores e baterias para atingir a marca
Crédito:(DR/L'argus/Divulgação)

Donos de carros elétricos costumam se preocupar com a autonomia. Além disso, a durabilidade das baterias também é um quesito importante na hora da compra. Por isso, chama a atenção o feito conquistado por um motorista alemão. Ele acaba de atingir a marca de 1,7 milhão de km rodados com seu Tesla Model S.

Hansjörg von Gemmingen entrou para o Guinness Book. Assim, o Model S P85 do alemão é o carro elétrico com a maior quilometragem conhecida. Entretanto, o dono do Tesla teve de acionar a garantia da marca algumas vezes. Afinal, o carro apresentou desgaste natural ao longo desse tempo.



Model S P85 é considerado como o carro elétrico mais rodado do mundo; Fotos: DR/L’argus/Reprodução

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Tesla teve trocados três baterias e oito motores

O modelo alcançou a marca de 1 milhão de km rodados em 2019. Porém, naquela ocasião o dono do carro já havia trocado as baterias e os motores. Seja como for, o feito chamou bastante a atenção. Conforme o alemão, quando o modelo atingiu os 470 mil km rodados, tinha oito anos de uso. Assim, foi preciso substituir as baterias, que apresentavam defeito.

Nessa altura, o Tesla também já estava com o terceiro motor elétrico. Em 2022, com 700 mil km rodados, o carro havia tido as baterias trocadas pela segunda vez. Vale lembrar que um conjunto novo tem preço sugerido de € 10 mil. Ou seja, uns R$ 54 mil na conversão direta, sem considerar taxas.

Hansjörg von Gemmingen planeja levar seu Tesla aos 2.000.000 km (DR/L’argus/Divulgação)

O fato despertou a atenção da Tesla, e o carro continuou sua jornada rumo ao milionésimo quilometro percorrido. Já com a oitava troca de motor, o modelo de Hansjörg não dá sinal de que vai parar por aí. Conforme o alemão, agora a meta é chegar aos 2 milhões de km rodados.

Dicas para aumentar a durabilidade

Portanto, Hansjörg é mais do que experiente quando o assunto é veículo elétrico. Segundo a imprensa europeia, ele já havia superado a marca de 600 mil km rodados com um Mercedes-Benz 500E e um Tesla Roadster. Assim, ele tem autoridade para dar dicas sobre como cuidar bem desse tipo de modelo.

Conforme o alemão, entre as recomendações está manter a carga das baterias sempre acima do mínimo de segurança e abaixo dos 80%, por exemplo. Além disso, ele sugere evitar os dispositivos de carga rápida. Segundo Hansjörg, priorizar os sistemas de carga lenta é bem importante.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”