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Tesla revela quando bateria de carro elétrico começa a se deteriorar
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Tesla revela quando bateria de carro elétrico começa a se deteriorar

Feito com base na avaliação dos elétricos Model S e Model X, relatório da Tesla indica nível de deterioração de acordo com o aumento da quilometragem

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

28 de abr, 2023 · 4 minutos de leitura.

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Tesla
Tempo de uso é outro fator importante para calcular processo de degradação
Crédito:Tesla/Divulgação

A Tesla é uma da das marcas de carros elétricos que mais investem no desenvolvimento de baterias. Afinal, entre as principais preocupações dos donos desse tipo de veículo estão o tempo necessário para recarga e a durabilidade. Afinal, o sistema representa em torno de 50% do valor do carro. Além disso, a garantia desses itens é de, em média, oito anos. Portanto, estudo recente feito pela Tesla pode acender a luz amarela para muita gente.



Conforme o relatório da Tesla, após o carro rodar 200 mil milhas, ou cerca de 320 mil km, as baterias têm uma importante perda de capacidade. Ou seja, em torno de 12%. De acordo também com o estudo, a idade é outro fator importante para calcular o processo de degradação.

Em síntese, carros com baixa quilometragem e utilizados de forma pouco frequente têm desgaste da bateria associado à idade. Já nos veículos de uso intenso, o desgaste está relacionado à frequente recarga. Sobretudo se isso for feito em pontos de alta voltagem. Ou seja, em recarregadores rápidos.

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Porém, o documento não aponta modelos de carros e sistemas de baterias específicos. Seja como for, um gráfico (abaixo) refere-se aos Tesla Model S e Model X. Isso porque os dois têm maior quilometragem que os Model 3 e Y. Desse modo, a Tesla informa que conseguiu obter mais precisão no levantamento.

Relatório da Tesla avalia o desempenho dos sistemas de carros mais rodados: Foto: Reprodução

Controvérsia

A própria Tesla informa que tais valores são dinâmicos. Ou seja, os resultados dependem de diversos fatores. Entre eles está a temperatura ambiente e o número de recargas rápidas realizadas. Desse modo, utilizando o valor de referência de 12% de perda, ou 88% de retenção, a perda de capacidade de recarga é de, em média, 1% a cada 27 mil km rodados.


tesla
Degradação das baterias está relacionada o número de recargas rápidas; Foto: Sam Mircovich/Reuters

Durabilidade variável

Em síntese, o estudo revela um cenário bastante positivo para os veículos elétricos de modo geral. Afinal, os resultados mostram que a durabilidade das baterias é relativamente longa. Por exemplo, no Brasil, o processo de degradação intenso só começaria após 16 anos de uso do carro. Afinal, os brasileiros rodam, em média, 20 mil km por ano.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.