A Tesla planeja produzir baterias de íons de lítio que usam fosfato de ferro (LFP), conhecidas por serem mais baratas, em sua Gigafactory de Nevada (EUA). Imagens vazadas de um relatório do Yahua Group sobre um acordo de fornecimento de carbonato de lítio, matéria-prima dos componentes, parecem confirmar essa teoria. No documento não há volumes do material ou valores, mas o contrato cobre o período de 2025 a 2027.
A montadora, aliás, foi uma das primeiras entre as ocidentais a adotar as baterias LFP em seus modelos de entrada. Isso porque elas custam muito menos que aquelas que usam níquel na composição, mas têm uma densidade energética menor. Ao longo dos anos, contudo, os componentes vêm evoluindo, se aproximando cada vez mais das baterias a base de níquel em termos de desempenho de recarga.
Estratégia da Tesla
Entretanto, as células de LFP têm um problema importante que dificulta sua adoção no ocidente. Por serem produzidas por empresas chinesas, precisam ser importadas do país asiático. Mas por conta dos conflitos geopolíticos, muitas empresas norte-americanas cortaram relações com fornecedores da China. Assim, montadoras como a Tesla ou a Ford, por exemplo, consideram produzir as baterias mais baratas internamente. Desse modo, podem usufruir de incentivos fiscais do governo para baterias produzidas nos EUA, no valor de US$ 35/kWh.
A princípio, a Ford anunciou uma parceria com a CATL para a produção local, mas o negócio não deu certo. Isso porque os norte-americanos ainda se sentem desconfortáveis em instalar uma empresa chinesa em seu território. Por isso a Tesla terá uma estratégia diferente: vai comprar equipamentos e licenças de uma parceira chinesa, mas manter a produção totalmente internalizada.
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