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Toyota aceita grãos de soja e milho como pagamento por Hilux, SW4 e Corolla Cross
Mercado

Toyota aceita grãos de soja e milho como pagamento por Hilux, SW4 e Corolla Cross

Programa Toyota Barter facilita a negociação com produtores rurais, que podem adquirir veículos com a troca de grãos produzidos no Brasil

Jady Peroni, Especial para o Jornal do Carro

05 de ago, 2021 · 5 minutos de leitura.

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Toyota Hilux IPI
Toyota acena aos produtores rurais com pagamento da picape Hilux em grãos de milho e soja
Crédito:Toyota/Divulgação

A Toyota lançou no Brasil um novo programa de venda direta de veículos para clientes do agronegócio, o Barter. Seguindo os passos da Stellanis, a marca japonesa oferece aos produtores rurais a possibilidade de comprar carros 0-km, como a picape Hilux e os SUVs SW4 e Corolla Cross, em troca de grãos produzidos no Brasil, como milho e soja.

Esse tipo de prática, conhecida no agronegócio como “barter” (que significa “permuta”, em português), calcula o valor de acordo com a cotação da commodity. Ou seja, considera o preço de mercado das sacas de grãos – unidade de medida do peso de cereais e leguminosas.

Segundo a Toyota, o agronegócio tem um grande potencial competitivo, visto que corresponde atualmente a 24,31% do Produto Interno Bruto (PIB). Portanto, um dos principais objetivos da empresa é expandir a sua presença no país. Hoje, o agronegócio chega a representar uma média de 16% das vendas totais da marca no País.

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Toyota SW4
Toyota/Divulgação

Carona no sucesso

O Toyota Barter chega em ótima hora, já que a marca vive um excelente momento no Brasil. Em julho, de forma inédita, a japonesa foi vice-líder de mercado pela primeira vez, e vendeu a picape Hilux como nunca. Então, com a nova modalidade, a picape pode ganhar ainda mais emplacamentos nos próximos meses.

Além de facilitar e fomentar os negócios com produtores rurais, a nova operação permitirá que os clientes também renovem suas frotas.


Como funciona

Para quem se interessou em adquirir um carro novo da Toyota por meio desse novo formato de vendas, é necessário ir até uma das concessionárias da marca. E conversar diretamente com a equipe especializada, para tirar dúvidas e fazer a negociação.

Porém, o cálculo não é tão simples assim. Por se tratar de troca de mercadorias, a operação envolve a definição do valor do bem, a cotação da commodity, o seguro, a aquisição do bem e uma liquidação financeira. São procedimentos cautelosos que sofrem variação constante e precisam, assim, fazer parte da negociação.



Sustentabilidade é pré-requisito

Para garantir agilidade e segurança, a fabricante está trabalhando com a NovaAgri, uma provedora de soluções que é responsável pela coleta e validação dos dados, bem como pela regularidade tributária.


No processo, os clientes serão submetidos a uma avaliação minuciosa, para verificar se o plantio da produção é feito de forma sustentável, por exemplo. Afinal, a Toyota se comprometeu na missão de neutralizar os impactos ambientais da empresa até 2050.

Até o momento, a modalidade se encontra presente nas lojas localizadas na Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Piauí e Tocantins. Porém, a montadora planeja expandir para mais estados como Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Fiat, Jeep e RAM já aceitam grãos

Em maio deste ano, a Stellantis anunciou um programa similar ao da Toyota para as marcas Fiat, Jeep e RAM. A montadora selecionou 1.200 produtores rurais no programa piloto. Mas eles podem comprar somente veículos pré-determinados. A Fiat, por exemplo, oferece as picapes Toro e Strada (exceto a versão Volcano). Além do furgão Fiorino.


Já a Jeep oferece – no programa Barter é Jeep – os modelos Renegade, Compass, Grand Cherokee e Wrangler. Por fim, a RAM (Barter RAM) disponibilizará as picapes 1500 e 2500.

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