O novo SUV compacto da Toyota será feito na fábrica de Sorocaba (SP) a partir de 2021. A marca confirmou hoje um investimento de R$ 1 bilhão no parque industrial onde já são feitas as linhas Etios e Yaris. O SUV inédito será baseado no DN Trec, revelado como protótipo no Salão de Tóquio de 2017. A informação foi antecipada pelo Jornal do Carro à época.
A fabricante não revelou detalhes do modelo. Mas o inédito SUV brasileiro da Toyota deve ser o primeiro produzido sobre a versão encurtada da plataforma modular TNGA, a TNGA GA-B. Na estratégia de eletrificar toda a gama nos próximos dez anos essa plataforma é a garantia de tal possibilidade.
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A Toyota tem pressa. O segmento de SUVs compactos é o que mais cresce no mundo e a marca não tem nenhum modelo do tipo no Brasil – onde o mercado total de SUVs já representa cerca de 25% dos emplacamentos.
A empresa chegou a estudar a vinda do CH-R, mas desistiu da ideia por causa dos altos custos. Além disso, o CH-R não atendia as necessidades do consumidor brasileiro em termos de espaço e porta-malas. Ele usava a mesma plataforma do Corolla, a TNGA GA-C.
A plataforma do novo SUV
A base que será utilizada no inédito SUV compacto segue a mesma lógica das versões maiores, do Corolla, CH-R, Prius (GA) e Camry (GK). Com ela, é possível trabalhar diversos comprimentos e entre-eixos, além de alturas diferentes.
O único ponto fixo da estrutura da plataforma é a posição do sistema de direção, com a fixação dos pedais em um lugar para todos os produtos desenvolvidos sobre a mesma plataforma. Além disso, os eixos ficam posicionados nas extremidades, o que garante um balanço reduzido e melhor aproveitamento do espaço interno.
Com isso, uma das possibilidades de motorização pode ser sim, a mesma híbrida flexível do Corolla. A potência combinado é de 123 cv. Os dois motores elétricos que geram 72 cv e 16,6 mkgf são mais que suficientes para mover o sedã em uso urbano. E, assim como o Corolla, o novo SUV dever ter câmbio automático do tipo CVT.
R$ 1 bilhão é focado no InvestAuto
O programa para incentivar o investimento foi criado pelo Governo do Estado de São Paulo para, basicamente, dar descontos de até 25% no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
As duas principais medidas para receber o incentivo e ser aceito no programa são injetar, no mínimo, R$ 1 bilhão no Estado e gerar ao menos 400 novos postos de trabalho.
Todo o investimento deverá ser feito no Estado. Entre os critérios, poderão ser aceitas propostas de novas fábricas, novas unidades de produção, novos produtos e expansão de plantas industriais já instaladas.